terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cruz Vermelha impedida de trabalhar no socorro às vítimas

Fico me perguntando: o que diabos está acontecendo por debaixo dos panos sujos políticos no episódio - que parece sem fim - da tragédia na região serrana do Rio? Já sabemos da tendência oportunista da maioria dos políticos deste país. Aliás, onde estão todos aqueles políticos que fazem de tudo para aparecer a todo momento e nesta hora em que deveriam mostrar as caras, desaparecem? De quem é a responsabilidade por isso, senão deles, que deixam de investir os milhões destinados a melhoria urbana e desviam tudo para gastos próprios, com caixa dois e notas frias?

Enquanto nada se faz para a melhoria real deste país, que vive 50 anos atrasado do resto do mundo, aumenta-se os salários da corja corrupta e sem vergonha na cara, que já ganha um dos maiores salários do mundo, para não fazer nada.

Vamos à matéria...



RIO - Seis dias depois da tragédia e ainda com centenas de pessoas ilhadas e precisando de socorro, um incidente está atrapalhando os trabalhos de assistência aos desabrigados de Teresópolis na manhã desta segunda-feira. Membros da Cruz Vermelha e voluntários que trabalham na cidade acusam a prefeitura de Teresópolis de suspender a assistência que vinha sendo prestada pelo grupo à população da cidade. A prefeitura, no entanto, diz que está trabalhando em parceria com a organização humanitária e que, juntas, estão empenhadas em ajudar a quem precisa. "Este é o objetivo: trabalhar em conjunto em prol da população e das pessoas atingidas pelo forte temporal que assolou a Região Serrana", diz a nota.

A assistente social da Cruz Vermelha, Eliane Moraes Leite, tem outra versão. Ela diz que a prefeitura teria decidido no domingo que a Cruz Vermelha não poderia mais atuar no atendimento médico dos desabrigados. Ela conta que na manhã desta segunda-feira guardas municipais da cidade teriam ido à base onde a entidade está trabalhando, no bairro de Bom Retiro, para impedir a saída de equipes médicas e operacionais.

- Hoje de manhã cheguei para trabalhar e pessoas da prefeitura, sem nenhuma documentação, chegaram aqui para nos proibir de trabalhar. Conseguimos três grande galpões para a gente se organizar, cedidos por empresários da cidade porque o Ginásio Pedrão não suportava mais receber donativos. Mais de cem profissionais, entre médicos, enfermeiros e voluntários estavam aqui dando apoio às atividades - contou Eliane.

De acordo com o médico Martius de Oliveira, voluntário da Cruz Vermelha, duas equipes da entidade que atuavam na área de Granja Florestal, nas imediações da localidade de Posse, teria sido obrigados pela prefeitura a interromper as atividades e retornar.

- É uma situação constrangedora. Hoje cedo chegaram aqui à base da Cruz Vermelha e colocaram todo mundo para fora e fecharam os portões - relatou o médico.


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