domingo, 12 de agosto de 2012

Arqueólogos Egípcios Descobrem Mãos "Humanas" Enormes


Foto de Axel Krause

Uma equipe de arqueólogos escavavam um palácio na antiga cidade de Avaris, no Egito, quando fizeram uma descoberta surpreendente.

Os arqueólogos descobriram os esqueletos de 16 mãos humanas enterradas em quatro túmulos. Dois dos túmulos, localizado em frente ao que se acredita ser uma sala do trono, foram encontradas uma mão em cada um. Momentos depois, eles encontraram 14 mãos em outro túmulo no exterior do palácio. Todos as mãos são direitas, não há esquerdas.

“A maioria das mãos são enormes”,  disse Manfred Bietak,  diretor do projeto, e responsável pelas escavações.

As descobertas, feitas no Delta do Nilo, nordeste do Cairo, datam de aproximadamente 3.600 anos, em uma região onde os historiadores acreditam ter pertencido aos Hyksos, povo originário do norte de Canaã, capital Avaris, parte controlada do Egito, hoje um local conhecido como Tell el-Daba. Na época em que as mãos foram enterradas, o palácio estava sendo usado por um dos governantes Hyksos, o rei Khayan. [Veja Foto de uma das mãos encontradas]

A mão direita

As mãos parecem ser a primeira evidência física de uma prática comum na antiga arte egípcia, em que um soldado apresentava a mão direita de um inimigo em troca de ouro, explica  Bietak, na edição mais recente do periódico:  Arqueologia Egípcia.

“Nossas evidências são únicas e as mais antigas descobertas até o momento. Cada túmulo representa uma cerimônia “, disse Bietak.

Cortar a mão direita, especificamente, significava simbolicamente tirar a força do inimigo. “Você retirava o seu poder eterno”, Bietak explicou. Não se sabe a quem pertenciam as mãos, elas poderiam pertencer ao povo egípcio ou ter sido dos próprios Hyksos que  lutavam no Levante. [The  History of  Human Combat]

“O valor do ouro”

Cortar a mão direita de um inimigo era uma prática comum na época,  empregada pelos Hyksos e  pelos egípcios.

Uma inscrição encontrada  na parede do túmulo de Ahmose,  filho de Ibana, um soldado egípcio em uma campanha contra os Hyksos, escrito cerca de 80 anos após o enterro das 16 mãos,  diz:

“Então eu lutei de mão em mão. Eu trouxe de distância de uma mão. Foi relatado ao arauto real.” Por seus esforços, foi dado ao escritor o  ”o ouro de valor” (tradução de James Henry Breasted, registros antigos do Egito, Volume II, 1905). Mais tarde, em uma campanha contra os Núbios, ao sul, Ahmose levou três mãos e recebeu “ouro em dupla medida”, sugere a inscrição.

Os cientistas não podem afirmar quem começou esta tradição horrível. Não foram encontrados registros dessa prática, registrou  Bietak, então poderia ter sido uma tradição egípcia, ou vice-versa, ou ela pode ter se originado em outro lugar.

Bietak apontou que, embora este achado seja a primeira evidência dessa prática, o tratamento terrível de prisioneiros no Egito antigo não era nada de novo. A Paleta de Narmer, um objeto datada da época da unificação do antigo Egito, cerca de 5.000 anos atrás, mostra prisioneiros decapitados e um faraó prestes a esmagar a cabeça de um homem ajoelhado.

A expedição arqueológica em Tell el-Daba é um projeto conjunto da filial do Instituto Arqueológico Austríaco Cairo e da Academia Austríaca de Ciências.

Fontes: 


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