quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Cientistas criam armazenamento de dados em DNA


O DNA (ADN) é o bloco de construção da vida, mas no futuro também pode se tornar o padrão para o armazenamento de enciclopédias e outros dados digitais.

Cientistas anunciaram que conseguiram converter 739 kilobytes de dados de um disco rígido em código genético e então recuperaram o conteúdo com 100% de precisão.

Os pesquisadores começaram com arquivos de computador que contendo uma gravação de Martin Luther King Jr., feita em 1963, conhecida como “I Have a Dream” ( Eu Tenho um Sonho), todos os 154 sonetos de Shakespeare, e também, apropriadamente, uma cópia do documento original de pesquisa de Watson e Crick sobre a estrutura helicoidal dupla do DNA.  No disco rígido, arquivos são armazenados como uma série de ‘zeros’ e ‘uns’.  Os pesquisadores fizeram com que o sistema traduzisse o código binário em outro tipo de código com quatro caracteres: A, C, G e T.  Eles usaram o conteúdo embutido nesta mesma estrutura.

O resultado foi na verdade muito impressionante: somente traços de elementos que mal podiam ser vistos no fundo de um tubo de ensaio.  Mas tudo ficou ainda mais fantástico quando reverteram o processo.  Os pesquisadores sequenciaram o genoma do DNA carregado com os dados e os traduziram de volta para ‘zeros’ e ‘uns’.  O resultado foi a recriação do conteúdo original sem quaisquer erros.

Então, o que o DNA oferece que outros métodos de armazenamento não oferecem?

Uma das coisas é que ele pode armazenar os dados de forma bem densa.  Um único grama de DNA armazena mais do que um milhão de CDs, de acordo com os pesquisadores.  A segunda coisa é que o DNA dura por muito tempo em uma gama de condições diferentes.  Ele não é tão sensível ou frágil como os atuais centros de dados.  E três, o DNA tem a reputação de armazenar as informações de forma segura.  Ele contém a história de toda a vida na Terra.

A única coisa que está segurando esta tecnologia no momento é o seu custo.  Mas os pesquisadores disseram que o armazenamento de dados em DNA poderá atingir produção em larga escala por volta de 2023.

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