segunda-feira, 21 de abril de 2014

POVEGLIA - A ILHA dos MORTOS... E ela está à venda!


"Poveglia é uma pequena ilha situada entre Veneza e o Lido na Laguna de Veneza, ao norte da Itália. Um pequeno canal divide a ilha em duas partes e nos dias de hoje, sua visita segue proibida. Aliás os venezianos a chamam de “A ilha do não retorno”. Não é um lugar especialmente violento por suas ondas mas, algumas vezes, é capaz de arrastar restos humanos carbonizados procedentes da história mais terrível que possamos imaginar.

(Lido é um banco de areia fina, uma ilha de aproximadamente12 quilômetros, formando uma barreira natural entre Veneza e o mar aberto. NDT. rusmea.com)


A obscura história da Ilha de Poveglia começou durante a época Romana, quando foi utilizada para isolar da população geral, as vítimas da peste. Séculos mais tarde serviria para o mesmo fim.

A começos do Renascimento (Século 15 ), a Europa sofreu uma tremenda praga de peste bubônica. Em Veneza se introduziu especialmente em um lugar que era impossível escapar. Suas águas sujas, a umidade e a transmissão pelos mercadores fizeram o resto.


Chegou a tal extremo, que não havia mais lugar onde deixar os cadáveres e se empilhavam como montanhas de cartas, mas não era suficiente e tinham que procurar uma saída para a desesperada situação. Ante tal desastre humano, as autoridades da cidade decidem em consenso com o clero, que os corpos sejam transladados à ilha de Poveglia.

Os cadáveres eram transladados à ilha, e depois eram incinerados em enormes fossas. Enquanto Veneza e metade da Europa era devastada pela peste negra, segundo um censo da época, foi aniquilada mais de um terço da população Européia. As autoridades médicas e civis decidiram que não só tinham que levar os mortos, mas também os que padecessem dos sintomas. Até ali, eram arrastados homens, mulheres e crianças ainda vivas e lançados às piras crematórias. Em poucos anos mais de 160.000 pessoas acabaram seus dias naquela ilha.

Fossa comum de ossos em Poveglia

Tal foi o enorme crematório que se originou e tal foi a quantidade de restos humanos calcitrados, que atualmente as ondas ainda arrastam ossos humanos à costa mais próxima da ilha. Ninguém pode visitar o lugar salvo os donos dos vinhedos que ali existem, inclusive os pescadores temem se acercar do lugar, para evitar que suas redes acabem capturando ossos humanos.

A ilha se converteu em uma zona podre. O solo junto com os restos calcitrados dos corpos jogados, acabou por se tornar uma grossa capa de cinzas pegajosas. O núcleo da ilha é literalmente, de restos humanos que dão ao lugar uma reputação detestável, ainda que pareça ser muito boa para as vinheiras que são plantadas ali.


Foi preciso passar muitos anos até que a ilha ficasse totalmente abandonada, mas no ano de 1922 construíram um hospital psiquiátrico completo com um impressionante campanário avistado em qualquer parte da a ilha. Os enclausurados ali (doentes mentais, psicopatas) foram os primeiros em informar, que viam os fantasmas das vítimas da peste e escutavam os lamentos de seus espíritos atormentados pelo sofrimento, mas ninguém, pelo estado mental das testemunhas, quis acreditar.

O Diretor do sanatório começou a experimentar com os pacientes, novos métodos de cura, lobotomias e trepanações eram práticas habituais nos pacientes com ferramentas rudimentares como talhadeiras de mão, cinzéis e martelos. Muitos deles foram levados à torre do campanário, onde foram torturados e submetidos a uma série de horrores desumanos.


Segundo a tradição, após muitos anos de realizar estes atos imorais, o malvado doutor começou a ver os espíritos torturados dos mortos pela peste. Isto o levou a subir na torre do campanário de onde saltou e segundo uma enfermeira que foi testemunha da queda, esta não o matou no ato, mas sim que enquanto o médico se retorcia de dor, uma espécie de nevoeiro saiu do solo e o estrangulou até a morte. Há rumores de que o espírito do médico segue entre os tijolos do campanário e uma que outra noite, se pode escutar o repicar do sino em toda a baía. Aquele acontecimento foi o final do hospital psiquiátrico que hoje em dia ainda permanece fechado em Poveglia.


Durante um tempo, o governo italiano foi o proprietário da ilha, mas foi vendida mais tarde. O dono a abandonou na década de 1960 e foi a última pessoa que tratou de viver ali. Uma família recentemente comprou a ilha e construiu uma casa de férias nela, mas após passar a primeira noite, se mandaram no dia seguinte correndo assustados e se negaram a comentar sobre o ocorrido. O único fato que sabemos é que uma de suas filhas sofreu um arranhão na cara em que foi preciso uma sutura de 14 pontos.


Vários psíquicos têm visitado o lugar e o hospital abandonado, mas todos eles dizem sentir um medo atroz da morte. De vez em quando alguns corajosos se esquivam das patrulhas da polícia para explorar a ilha, mas todo mundo que o fez se negou a voltar dizendo que há uma atmosfera maligna e pesada, que sentem como se alguém respirasse sobre seus pescoços, veem sombras em movimento e que os gritos e gemidos dos torturados que atravessam a ilha, faz insuportável permanecer no lugar.


Um relatório de uns aventureiros que fugiram da ilha, diz que após entrarem no hospital abandonado, uma voz sem corpo lhes ordenou, “Saiam imediatamente e não voltem”.

Atualmente, dizem que a estão reabilitando…(desde quando seja só durante o dia já que à noite ninguém fica, certamente por serem da região e conhecerem as lendas do lugar)".

Fonte: rusmea.com


A Ilha dos Mortos está à Venda!

E um grupo de cidadãos quer evitar que se transforme num complexo turístico.

O Estado italiano pôs à venda a ilha de Poveglia, em Veneza, que tem fama de ser um local assombrado. Para evitar que o local se torne mais um pólo de especulação imobiliária para fins turísticos, como tem acontecido na região, um grupo de cidadãos criou um movimento que pretende entrar no leilão e garantir o uso público da ilha.

Poveglia tem sete hectares, está desabitada e tem uma longa história. Foi palco de fuga da população aquando das invasões bárbaras, de disputa por venezianos e genoveses no séc. XIV e, no séc. XVIII, transformada em local de quarentena para os barcos que chegavam a Veneza. Descobertos casos de peste, tornou-se asilo para pessoas com doenças infeciosas, começando aí a sua má fama e as histórias de fantasmas de mortos que voltavam para assombrar a ilha. 

No início do séc. XX foi transformada num hospital para idosos, acrescentando à lenda histórias de experiências cruéis em doentes mentais. A fama de local assombrado foi potenciada por reportagens de programas como o «Ghost Adventures», do Travel Channel, ou «Scariest Places on Earth», da Fox. Chegaram a chamar-lhe a «ilha mais assombrada do mundo».

Para Poveglia, o Estado italiano procura alguém que adquira os direitos de exploração da ilha durante 99 anos. 

Um grupo de habitantes de Veneza decidiu fazer algo e criou a associação «Poveglia per Tutti», procurando reunir dinheiro para manter a ilha no domínio público. Para já tem quatro mil seguidores no Facebook. 

Ao todo são 45 os bens propriedade do Estado italiano que serão colocados em hasta pública até ao final do ano. Os primeiros cinco, que poderão ser licitados até 6 de maio, incluem Poveglia, mas também o castelo de Gradisca, uma antiga fortificação militar em Trieste, o antigo convento Monteoliveto de Taranto e uma casa senhorial em Loreto.

Fonte: tvi24.iol.pt



4 comentários:

  1. Céus, por que eu não sou uma multimilionária excêntrica para poder comprar essa ilha?
    De qualquer modo acho interessante o movimento da população.

    Só um último e um tantinho longo ponto: Andei pesquisando sobre a ilha e tem uns pontinhos historicamente incorretos, segundo outras fontes que consultei (posso linká-las, se quiserem). Na época da peste Poveglia foi inicialmente usada como um Lazaretto (centro de quarentena), depois, quando a praga aumentou, como local para isolar doentes de saudáveis e enfim naquele inferno em terra com gente morrendo e sendo cremada em cova rasa. Quando foi convertida em hospital psiquiátrico abrigava idosos e dementes mentais, não obrigatoriamente psicopatas. Nessa parte o que história e o que é fantasia se mesclam de um jeito difícil de separar, mas o fim é sempre o mesmo: Por algum motivo o médico pula da torre do sino. E por fim, mas não menos importante, não são todos os visitantes que saem apavorados da ilha, no YouTube o que menos falta são vídeos caseiros de gente que visitou a ilha. Tem inclusive pichações em alguns pontos.
    Uma curiosidade linda para pessoas lindas que toleraram meu impulso por corrigir informações: A ilha nem sempre foi um cenário de horror do qual todos fugiam, do século X até 1379 o lugar era tão próspero quanto qualquer outro da região (ou assim me parece, é difícil encontrar informações sobre esse período "feliz"), mas então em função das guerras entre Gênova e Veneza foi evacuada.

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  2. Eu sempre digo que a verdade só Deus sabe. Nossos livros históricos contêm 90% de mentira do que realmente aconteceu e dos verdadeiros motivos que levaram a que um fato aconteça.

    Há heróis que para Deus são vilões, e vilões que para Deus são heróis, pois só ele conhece a verdade de cada um de nós e da humanidade como um todo.

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  3. quando alguém comprar esta ilha, me convidem para fazer parte de uma expedição .
    grata: edina bisi

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