quinta-feira, 12 de junho de 2014

Enfermidade misteriosa mantém aldeões em sono profundo

De acordo com o site www.standardmedia.co.ke, moradores da aldeia quase abandonada de Krasnogorsk, bem como áreas ao redor da aldeia de Kalachi, no Cazaquistão, são propensos à misteriosa síndrome da ‘bela adormecida’.


Essa condição bizarra faz com que as pessoas repentinamente caiam no sono por até seis dias seguidos. É como um filme de horror ruim. A enfermidade assolou estas regiões e ninguém sabe a razão por detrás disso. Na maioria dos casos, o sono é acompanhado por perda de memória temporária.

Uma das primeira vítimas da síndrome foi Maria Felk, uma mulher que trabalha como ordenhadeira em Kalachi.

“Eu estava ordenhando as vacas, como é de costume, cedo pela manhã, e caí no sono“, disse ela. “Eu não lembro de nada. Somente quando acordei. Eu estava no hospital. As enfermeiras sorriram para mim e disseram, ‘bem-vinda princesa do sono, você finalmente acordou’. O que mais eu lembro? Nada. Eu dormi por dois dias e duas noites. As mulheres na minha ala disseram que eu tentei acordar várias vezes, dizendo que precisava urgentemente ordenhar as vacas.”

De forma interessante, a estranha enfermidade não está limitada somente aos moradores da região. Ela também afeta visitantes, como Alexey Gom, que estava visitando sua sogra em Kalachi.

“Eu vim com a esposa, para visitar minha sogra“, disse ele. “Pela manhã eu quis finalizar meu trabalho. Liguei meu notebook, abri as páginas que precisava finalizar a leitura e foi só isso. Senti como se alguém tivesse pressionado um botão para me desligar. Acordei no hospital, com a minha esposa e sogra ao meu lado. O médico não encontrou nada de errado comigo após uma série de testes. Dormi por mais de 30 horas. Mas isto nunca aconteceu comigo antes, nunca na minha vida, nem para ninguém da minha família“, disse Alexey.

Há o rumor de que um homem foi dado como morto e enterrado vivo. Algumas pessoas tiveram episódios repetidos da anomalia, como Lyubov Belkova, uma vendedora de roupas no mercado local. Ela foi vítima do sono, não menos do que 7 vezes. Sua filha foi atingida duas vezes e sua neta de 15 anos de idade, uma vez. Seus colegas de trabalho no mercado também já foram atingidos pela enfermidade em dias diferentes.

É desconcertante o fato de algumas famílias serem afetadas repetidas vezes, enquanto outras parecem ser completamente imunes à enfermidade. O único fator em comum é que ela parece atingir principalmente os grupos étnicos alemães e russos. Não se sabe quando a enfermidade irá atingir, assim os aldeões sempre têm as malas prontas caso precisem ser levados ao hospital.

Quando a primeira epidemia ocorreu em 2013, os médicos pensaram que se tratava de um caso de vodca ruim. Mas nenhuma das seis pessoas que adormeceram então tinham consumido álcool. Alguns habitantes locais acreditam que o problema surge quando há um aumento na temperatura atmosférica. Outra teoria sugere que a água de uma mina de urânio próxima ao local esteja vazando nos rios da região, e sendo consumida pelos moradores.

Vários cientistas visitaram essa região remota, procurando por uma explicação pela epidemia do sono. Eles conduziram aproximadamente 7.000 experimentos no solo, água e nas amostras de sangue, cabelo e unha das vítimas. Todos os teste se provaram inconclusivos.

Fontes: 

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