Confira o vídeo abaixo. Atenção: este vídeo contém imagens fortes.
Segundo o jornal britânico The Guardian, o governo da Dinamarca está exigindo uma “explicação imediata” do governo israelense sobre o acontecimento.
No vídeo, o tenente-coronel Shalom Eisner, vice-comandante da brigada territorial Vale do Jordão, é claramente visto batendo com seu rifle no rosto de Andreas Ias. Não há uma razão óbvia para o ataque no vídeo. O soldado está suspenso pelas forças israelenses enquanto durar a investigação do caso.
O vídeo foi divulgado neste domingo (15), no mesmo dia em que Israel lançou uma operação de segurança para impedir que centenas de ativistas pró-Palestina entrem no país, a caminho da Cisjordânia. Israel diz que os ativistas planejam “provocações e atos de violência”.
Eisner foi interrogado nesta segunda. Após o interrogatório, ele falou ao jornal israelense Ynet News que os ativistas estrangeiros tinham a intenção de bloquear uma rodovia para protestar contra a restrição de movimentação dos palestinos. Quando ele chegou ao local, ordenou que as tropas impedissem o bloqueio. “Eu expliquei para os ativistas que muitos viajantes estavam usando a rodovia por causa do feriado, e que eles estavam representando um grande risco à segurança nacional”, disse o tenente-coronel.
O jornal israelense Haaretz entrevistou Andreas Ias, o ativista dinamarquês. Ias disse que os ativistas não agiram com violência.
Ias disse que a afirmação do porta-voz das forças israelenses, de que os manifestantes eram violentos, era uma “mentira completa”. “Se eu soubesse que isso iria acontecer, teria tentado me proteger. O golpe veio do nada”, disse. Ias está considerando submeter uma reclamação oficial dizendo que não houve provocação antes do ataque.
As autoridades israelenses condenaram a atitude do militar. O presidente Shimon Peres se disse “em choque”, e o primeiro-mnistro Benjamin Netanyahu condenou o incidente. Ainda assim, o caso levanta dúvidas sobre a ação das forças israelenses em relação a ativistas pró-Palestina.
Foto: International Solidarity Movement/AP
Bruno Calixto
Fonte: Revista Época
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