terça-feira, 31 de maio de 2011

Descobertas 17 Novas Pirâmides no Egito

Indiana Jones, o famoso arqueólogo aventureiro do cinema, não tem mesmo mais lugar no mundo de alta tecnologia de hoje. Levantamento em infravermelho feito por satélites em órbita da Terra permitiu a localização de 17 pirâmides, mais de mil tumbas e 3 mil vilarejos antigos enterrados no Egito. Escavações preliminares já confirmaram a descoberta de muitas das estruturas, inclusive pelo menos duas das pirâmides. O trabalho, capitaneado pela arqueóloga Sarah Parcak, da Universidade do Alabama, será tema de documentário a ser exibido pela BBC no fim do mês.

- Indiana Jones é da velha guarda, nós seguimos em frente. Desculpe, Harrison Ford - brincou Parcak em entrevista à BBC. - Conduzimos esta pesquisa intensamente por mais de um ano. Eu podia ver os dados enquanto eles entravam, mas o momento "arrá" foi quando eu pude dar um passo para trás e ver tudo que encontramos. Não podia acreditar que pudéssemos localizar tantos sítios por todo Egito.

A equipe de Parcak analisou imagens em infravermelho produzidas por satélites a 700 quilômetros de altitude, equipados com câmeras tão poderosas que podem detectar objetos com menos de um metro de diâmetro na superfície da Terra. Os antigos egípcios construíam suas casas com tijolos de barro, material mais denso do que o solo em volta, o que permitiu que os contornos das estruturas pudessem ser delineados pelos instrumentos.

- Escavar uma pirâmide é o sonho de qualquer arqueólogo - comemorou Parcak. - Isso mostra o quão fácil é subestimar o tamanho e escala dos antigos assentamentos humanos.

Assim, ela acredita que vai descobrir ainda mais antiguidades escondidas no Egito:

- Estes são apenas os sítios próximos da superfície. Ainda há milhares de sítios adicionais que o Nilo cobriu com sedimentos. Este é apenas o início deste tipo de trabalho.

As câmeras da BBC seguiram Parcak na sua viagem ao Egito, onde ela liderou as escavações que confirmaram o que seu uso da tecnologia podia ver sob a superfície. No documentário, intitulado "As cidades perdidas do Egito", ela visitou a região de Saqqara, onde as autoridades, a princípio, não se interessaram por suas descobertas. Mas, depois que ela contou ter localizado duas potenciais pirâmides, escavações preliminares foram realizadas e agora o governo acredita que ele é um dos mais importantes sítios arqueológicos do Egito. Para Parcak, no entanto, o momento mais excitante foi quando ela visitou escavações em Tanis.

- Eles escavaram uma casa de 3 mil anos que as imagens do satélite mostravam e seu contorno era quase que perfeitamente igual ao que os satélites viam - contou ela. - Isso foi uma verdadeira validação da tecnologia.


As autoridades egípcias agora planejam usar a técnica para ajudar a proteger as antiguidades do país no futuro. No recente levante contra o ex-ditador Hosni Mubarak, saqueadores invadiram alguns sítios arqueológicos.

- Podemos dizer pelas imagens que uma tumba saqueada era de um período em particular e assim alertar a Interpol para vigiar se antiguidades daquela época estão sendo oferecidas no mercado - explicou a arqueóloga.

Parcak também espera que a tecnologia ajude arqueólogos em suas pesquisas pelo mundo.

- Ela permite que tenhamos mais foco e sejamos mais seletivos no nosso trabalho - avaliou. - Quando nos deparamos com um sítio grande, não sabemos por onde começar e ela é uma ferramenta importante para escolhermos onde vamos escavar.

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Veja o vídeo:




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