terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os Novos Médiuns

Os Canais Abertos de Televisão 
Destroem a Capacidade de Pensar 

Por Carlos Cardoso Aveline 


O que é ser médium? 

A teosofia combate todas as formas de mediunidade. Ela define como médium aquela pessoa que deixa a sua cabeça, o seu próprio cérebro e a sua consciência serem ocupados e dominados por uma inteligência alheia. 

Na maior parte dos casos, esta inteligência externa utiliza e manipula livremente a consciência do indivíduo com o objetivo de atingir os seus próprios fins, que - diga-se de passagem - raramente são legítimos. 

Deste ponto de vista, o telespectador - o cidadão que assiste os canais abertos de televisão - é um “médium”, isto é, um in-consciente, alguém que desiste de ser responsável pelos seus próprios sentimentos e pensamentos. 

Uma diferença básica entre o médium espírita e o "médium" televisivo é que, no segundo caso, não existem percepções extra-sensoriais - além do conhecido efeito hipnótico. O ponto central em comum é que nos dois casos o cidadão renuncia à sua auto-consciência. 

A cabeça do espectador - assim como a consciência do médium espírita - é ocupada por pensamentos, imagens e raciocínios inteiramente alheios, mas, neste caso, as imagens e pensamentos são produzidos com objetivos comerciais e para servir os interesses de grupos econômicos cujo poder tem como base sofisticadas técnicas de dominação mental à distância. Para o "médium" da mídia , o "pai-de-santo" é o aparelho de televisão. 

Teosofistas e estudantes de filosofia têm podido observar que as pessoas sujeitas à "mediunidade" fabricada pelos canais abertos de televisão ficam em grande parte incapacitadas para todo e qualquer pensamento profundo - seja filosófico ou não. 

Em seguida, tais indivíduos – sem sequer saber que a sua capacidade intelectual foi gravemente reduzida por meios artificiais - pensam, com frequência, que a teosofia e a filosofia são “demasiado teóricas” ou “excessivamente abstratas” ou “complicadas”. 

A verdadeira causa de tal dificuldade de pensar sobre a vida ou de compreender filosofia está em um amplo processo coletivo de dominação mental para fins comerciais. Trata-se da obstrução operacional das conexões cerebrais profundas, através de correntes de conexões cerebrais superficiais que não possuem valor próprio nem significado real, e que são induzidas de fora para dentro por meios eletrônicos. 

Uma vez, porém, interrompidos o hábito e a dependência da televisão, observa-se que em pouco tempo desaparece, no cidadão, a forte deficiência intelectual induzida pela dominação eletrônica da sua mente e das suas emoções. 

O "médium" eletrônico readquire, então contato, com suas próprias emoções. É reduzido, em sua consciência, o nível de ansiedade, que vinha sendo estimulada artificialmente. O indivíduo recomeça a pensar por si mesmo. Ele volta à vida. Ele já não é apenas um fantoche. Não é um fantasma dominado por programações eletrônicas. 

Em seguida, o estudo da filosofia e da teosofia passam a ser reconhecidos por ele como compreensíveis. A alma do indivíduo desperta. Ele deixa de ser um objeto para ser - cada dia mais - o sujeito e o diretor da sua própria vida. 



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