Ontem estive entre várias situações de incerteza e, na dúvida, optei por ficar calado e observar. Bendita hora em que parei e observei não só minhas atitudes, mas questionei profundamente esta ou aquela emoção que estivesse mais exacerbada. Isso me foi muito útil para perceber o quanto estava me tornando refém de um momento de tormenta, que eu mesmo me impunha. Então, busquei respirar fundo várias vezes e libertar-me de mim próprio. Elevei minha mente até a eternidade, deixei meu ser falar mais alto e assim, calar meu ego. Graças a Deus, tudo voltou ao normal e venci mais uma etapa no embate entre consciência desperta e semidesperta.
Muitas vezes buscamos ajuda espiritual em locais diversos, certos de que estamos sendo vítimas de obsessão. Muitas vezes isso é real, mas na maioria delas, somos obsediados por nós mesmos, com nossas idéias fixas, nossas reações decoradas e viciadas, achando que toda e qualquer situação deva ser abordada desta ou daquela forma anteriormente prescrita por nosso egocentrismo. Eis o grande perigo! É onde descambamos para atitudes lamentáveis, das quais sempre nos arrependemos mais tarde.
Nos momentos de nervosismo, de tristeza, desânimo etc., vale a pena pararmos um pouco e irmos além daquele pequeno momento na eternidade, pela qual passamos, nos permitindo ver de forma mais panorâmica, não só a situação, mas também e principalmente a nós mesmos, para que percebamos o quanto estamos despertos naquele momento para uma atitude ponderada e o quanto estamos semiconscientes e agindo de forma selvática e desequilibrada na solução do obstáculo que se nos interpõe.
Muitas vezes, preciso é que se busque o concurso de uma prece interna, onde buscamos aquela parte sublime que todos nós possuímos em nosso íntimo, para que ela nós guie de forma adequada, muitas vezes simplesmente nos ajudando a ver tudo de uma forma mais ampla, dando-nos a possibilidade de agir de forma mais equilibrada e menos no impulso próprio alimentado pelo furor do momento. Esta luz interna é que muitos chamam de Deus, Ser Superior, ou qualquer outro nome.
Sinta-se à vontade para chamá-la daquilo que mais lhe parecer agradável, posto que todos nós somos nossos próprios templos e manifestamos cada um de nós a religião particular de nosso íntimo, sem intermediários, sem Igrejas, sem pastores, sem padres etc.
Somos pedacinhos de Deus (da forma como o concebemos em nosso íntimo) e temos acesso a todo o cosmo através desta fagulha luminosa que possuímos em nós próprios, bastanto para isso, apenas buscarmos por ela lá dentro de nosso ser.
Parabéns pelo novo blog.Boníssima filosofia, e belo texto.
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