Gênero: Suspense / Drama / Sci-Fi / História de Amor / Indie
"Criatividade é ser estúpido o suficiente para não perceber que você não pode fazer algo."
Gareth Edwards - O Diretor
Texto da tradutora:
Em Cannes começou o zum-zum-zum sobre este filme:
"O quê? Foi feito com US 15 mil? Não, 130 mil... Acho que foi US 500 mil... No porão da casa dele?
Foi o próprio que disse! E disse que só fez com uma Sony EX3 e uma Nikon 50 MM Lens, e uma Adobe CS4
para os efeitos especiais. Fala sério! E tem MONSTROS mesmo?
Poucos, tomadas distantes. Mas o filme é bom, bem feito. O rapaz tem futuro!
Filme super independente, nada a ver com D9, que custou bem mais caro. Só no tema de invasão alienígena, e ambos os diretores são estreantes no cinema e especialistas em efeitos especiais.
É um suspense/romance interessante por se passar numa zona onde existem terríveis criaturas de outro planeta que se alastram pelo México, dificultando, portanto, dois jovens (casados na vida real) a chegar aos EUA. O nome do filme parece remeter a Cloverfield, e não é bem o caso aqui. Mas pelas notas de IMDB e RT vê-se que se trata de um bom filme, e ainda nem estreou. Só dia 29 chega aos EUA.
Comentários NET:
Parece clichê e é possível ver certas semelhanças com Distrito 9, como a infecção por meio de artefatos alienígenas, mas a história do estreante Gareth Edwards é tão inusitada e aponta para rumos incomuns.
Gareth, falando de seu filme, não esconde as dificuldades em produzir e o aspecto amador de sua produção: ?É uma pequena produção de verdade. Escrevi, dirigi, fiz todos os efeitos em meu computador, no meu porão?.
Com uma equipe de apenas cinco pessoas e um elenco de dois, Edwards e seus (poucos) companheiros de viagem passaram por Guatemala, Belize e México procurando e utilizando locações a esmo, e atores secundários.
Monsters tem como ponto de partida o anúncio feito pela NASA, seis anos atrás, da descoberta da possibilidade de vida alienígena em nosso sistema solar. Uma nave foi lançada para coletar amostras, mas sofre uma colisão e cai em alguma região da América Central.
Depois disso, novas formas de vida começam a aparecer e se desenvolver. Metade do México é colocada em quarentena, como uma área infectada. Já nos dias atuais, militares americanos e mexicanos lutam para conter as criaturas.
Se interessou pela história? Ela começa mesmo quando um jornalista americano (Scoot McNairy) concorda, a contragosto, a encontrar a filha de sua chefe. A jovem é uma turista americana, vivida por Whitney Able, que deve ser escoltada através da zona infectada até a fronteira americana.
A frase contida no cartaz "Now it´s our turn to adapt" ("agora é nossa vez de nos adaptarmos", em tradução livre) já dá uma dica de qual será a linha seguida por Edwards.
O trailer me deixou otimista e animado em relação ao filme dirigido por Gareth Edwards. O orçamento não está sendo muito alto, porque economizaram bastante com os efeitos especiais, aliás, pelo trailer julgo que o filme terá muitas cenas de mistério em que poucos aliens aparecem efetivamente ? o mistério e a tensão crescem continuamente. A própria computação gráfica foi realizada por Gareth Edwards que já havia trabalhado com efeitos especiais. Por enquanto, dou um voto de confiança ao diretor.
Um breve resumo da história: Os protagonistas são Andrew (Scoot McNairy) e Samantha (Whitney Able), duas pessoas que se atrevem a entrar em zonas infectadas de quarentena. Tudo começou com o envio de uma sonda espacial para detectar vida extraterrestre. Um tempo mais tarde, a sonda terrestre regressou queimando um buraco na atmosfera e trazendo organismos extraterrestres vivos que infectaram zonas do México (principalmente) e dos Estados Unidos da América ? as chamadas zonas de infecção (quarentena). Desde então, as forças militares iniciaram um processo de observação e contenção, tentando evitar o alastramento da contaminação.
Comentários/avaliação de Carson Reeves: (Um dos maiores críticos de roteiros na NET)
Estas são minhas histórias favoritas para comentar em Hollywood. Jovens cineastas que dizem "fuck you" para o sistema e vão em frente e fazem tudo o que o sistema diz que eles não podem fazer. Neil Blomkamp fez isso no ano passado com District 9, mas Gareth Edwards levou tudo a um novo extremo, rodou um filme com efeitos visuais de primeira linha no orçamento 1/100 de qualquer filme de sucesso.
Eu não sei como você não pode se tornar um diretor inspirado por esta história.
Se você gosta de tomadas de longa distância, e não um monte de diálogo/ação desenfreada, mas com um belo visual, este filme é definitivamente para você. Mas não há como negar a ausência de mais profundidade na história.
Parte disso é devido ao orçamento limitado, mas a maioria é devido ao desconhecimento das técnicas de narrativas básicas.
Agora, temos de ser realistas. Este é um filme com dois personagens e uma equipe de 4 homens. Não há muitas coisas que você pode retirar com esse tipo de poder de fogo mínimo. Mas sempre que você está escrevendo um filme de baixo orçamento, uma de suas tarefas é reconhecer que a questão, é criar mais drama, mais conflito no relacionamento humano, para compensar a falta de dinheiro e opções.
Eu não me importo se esse filme foi feito por US $ 15.000 ou $ 500.000. É uma conquista fantástica do cinema.
A cinematografia é linda. O placar foi o melhor resultado que eu já vi para qualquer filme independente a este nível.
A atriz foi muito bem. O ator principal era sólido. Os efeitos são surpreendentes para este nível de orçamento.
Muito bom o post.
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