Desta vez a investigação vem lá do Oriente, mais precisamente da Universidade de Chung Hsing, em Taiwan. O Departamento de Ciência do Alimento e Biotecnologia da instituição divulgou que são os ácidos fenólicos presentes no cacau os responsáveis pela ação emagrecedora. "Eles interferem na produção da leptina, o hormônio da saciedade -- que, nos obesos, é bem reduzida --, e ainda queimam calorias", explica a nutricionista Daniela Jobst, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, em São Paulo.Sem contar a ajuda extra dos antioxidantes, que previnem o acúmulo de gordura nas células.
Como se sabe, essas moléculas engorduradas levam a outras encrencas, sobretudo doenças cardiovasculares e obesidade. Em outras palavras, degustar essa delícia, além de contribuir para um corpo enxuto, deixa a saúde em dia. Pensa que é só? Pois veja esta: Os fitoquímicos do cacau melhoram a secreção da adiponectina, o que aumenta a ação antiinflamatória, reduzindo os riscos de diabete e aterosclerose, completa Daniela Jobst.
Outro dado apontado na pesquisa, que, diga-se, foi publicada no Journal of Agriculture and Food Chemistry, uma das revistas americanas de maior prestígio no mundo da nutrição, atribui ao cacau o poder inibir um mecanismo que faz o organismo estocar ou produzir mais gordura. Toda essa riqueza está no chocolate amargo -- quanto mais melhor. O amargor, bem entendido, e não a quantidade (veja o tópico Modo de Usar).
INÚMERAS PROVAS
Aqui vão outras evidências científicas de que o chocolate amargo é tudo de bom na hora de emagrecer e manter a saúde.
Saciedade em alta
Pesquisa coordenada pelo médico dinamarquês Arne Vernon Astrup, chefe do Departamento de Nutrição Humana da Universidade Real de Copenhague, na Dinamarca, e publicada na conceituada revista americana International Journal of Obesity, apontou que os pacientes que consumiram um tablete amargo pela manhã, ainda em jejum, ficaram mais saciados que o restante da turma: eles ingeriram 15% menos calorias ao longo do dia em comparação com o grupo que optou pelo chocolate ao leite.
Menos vontade de doce
"O cacau apresenta algumas substâncias, como a 2-feniletilamina e a N-aciletanolamina, que agem no cérebro fechando os receptores que pedem doce", explica a nutricionista Edina Sakamoto, de Campinas, no interior paulista. Resultado: fica mais fácil controlar o desejo por açúcar - e a balança.
Prazer por mais tempo
"Ele também concentra compostos que inibem a degradação da anandamida, substância que prolonga a sensação de bem-estar", afirma a nutróloga Tamara Mazaracki, do Rio de Janeiro. "Produzida pelo nosso cérebro, ela tem ação parecida com a dos canabinóides da maconha."
Insulina sob controle
"Outra vantagem do chocolate amargo seria a capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina em pessoas saudáveis", afirma Anete Hanud Abdo, endocrinologista do Projeto de Atendimento ao Obeso (PRATO) do Instituto de Psiquiatra do Hospital das Clínicas (de São Paulo. Tal mecanismo ajuda não só a combater o diabete como a evitar a produção excessiva de insulina, que está intimamente ligada ao estoque de gordura. E uma pesquisa japonesa com roedores, publicada no periódico americano Nutrition, comprovou essa proeza.
Humor em alta dosagem
O chocolate também é rico em carboidratos, que ajudam na produção da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Além disso, concentra outras substâncias, como triptofano, teobromina, feniletilamina, tetrahidrocarbolines, fenilalanina e tirosina - esse coquetel todo reforça a sensação de bem-estar e ajuda a levantar o astral, a combater a depressão, a reduzir a ansiedade. Um estado de espírito que é de enorme ajuda na hora de aderir à dieta e controlar a gula.
Fonte: http://saude.abril.com.br
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