Esse foi um ótimo ano para a descoberta de planetas, mas 2012 pode trazer algo ainda mais fantástico: a primeira “Terra alienígena” de verdade.
Em 2011, cerca de 700 exoplanetas foram catalogados, e ainda temos milhares a ser descobertos pelo telescópio espacial Kepler, que precisam ser verificados. Nesse último mês do ano, cientistas da NASA anunciaram dois achados importantes: dois planetas com o tamanho da Terra, e um maior na chamada zona habitável de sua estrela, a distância certa para existir água liquida e a possibilidade de vida.
Essas e outras descobertas sugerem que podemos estar cada vez mais perto do objeto principal dos caçadores de planetas – uma Terra alienígena.
“Imagino que a próxima catalogação de planetas, no ano que vem, vai finalmente apontar planetas do tamanho da Terra e em zonas habitáveis”, comenta Natalie Batalha, da equipe do Kepler.
No dia cinco de dezembro, os cientistas do Kepler anunciaram a descoberta de 1.094 cadidatos a exoplanetas, levando o total de achados dessa operação, que já dura 16 meses, a 2.326. Até agora, apenas 33 de todos esses foram confirmados por observações, mas os pesquisadores afirmam que pelo menos 80% deve ser confirmado.
Só o número já é incrível, mas a pesquisa por planetas não vive exatamente para aumentar a quantidade deles: é uma corrida para entender a natureza e a diversidade dos planetas.
“Você só pode entender a diversidade dos sistemas se já tem um número suficiente para formar estatísticas”, afirma Batalha. “Você realmente precisa de um número grande, e é aí que o Kepler faz uma grande contribuição”.
A diversidade dos planetas e sistemas alienígenas parece ser alta. Astrônomos já encontraram um planeta denso como ferro, e outro leve e cheio de luz. Em setembro, a equipe do Kepler anunciou a descoberta de um planeta que circunda dois sóis, como o planeta Tattooine, do filme “Star Wars”.
Os pesquisadores também já haviam confirmado diversos planetas em áreas habitáveis, mas nenhum podia ser considerado uma Terra real, já que são significativamente maiores do que a nossa Terra.
O telescópio Kepler, lançado em março de 2009, busca planetas usando uma técnica conhecida como “método transitório”. Ele procura pela luz que vaza do brilho estelar, observada quando um planeta transita, ou cruza a frente de uma estrela.
Após quase três anos, o Kepler já está mais perto de encontrar um planeta como o nosso. “Estamos realmente chegando nos planetas com períodos orbitais longos”, afirma Batalha.
Até agora, nenhum planeta tinha o mesmo tamanho da Terra e também estava na zona habitável de sua estrela. Mas isso pode mudar com o anúncio dos novos planetas, em junho ou julho.
Fonte: LiveScience
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