Washington, 25 jul (Prensa Latina) A fusão superficial da camada de gelo na Groenlândia atingiu níveis imprevistos por sua magnitude, anunciou a Agência Espacial Estadunidense (NASA).
Durante o mês de julho, com máxima ao redor do dia 12, até 97 por cento do gelo superficial que cobre essa ilha derreteu, registrou essa instituição com a utilização de três satélites diferentes.
A superfície com liquefação aumentou de 40 por cento até 97 em apenas quatro dias, detalhou a NASA.
Durante os últimos 30 anos, período no qual esse monitoramento é realizado com satélites, a maior fusão da camada superior de gelo tinha chegado a apenas 55 por cento.
Segundo os registros geológicos -mostras de gelo antigo-, apontam os cientistas, um acontecimento similar ocorreu em 1889. De acordo com os modelos climáticos esse tipo de evento extremo pode registrar-se uma vez a cada 150 anos.
"É um indício enorme de algo, cujo significado teremos que desvendar nos próximos anos", comentou Waleed Abdalati, diretor científico da NASA.
Nesse contexto destaca-se o desprendimento na semana passada a partir do glaciar Petermann, no norte da Groenlândia, de um gigantesco iceberg.
Ainda que as causas desses fenômenos não foram cientificamente esclarecidas em sua totalidade, os especialistas as vinculam com o atual processo de aquecimento global do planeta como consequência do aumento da concentração atmosférica de gases de efeito estufa com origem na atividade humana.
Fonte: www.prensa-latina.cu
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