domingo, 14 de outubro de 2012

Auto-combustão humana está perto de ser desvendada



Muitos ouviram falar sobre casos absolutamente inexplicáveis de que corpos de pessoas foram encontrados total ou parcialmente carbonizados, sem quaisquer sinais de ingerência externa. Este fenômeno é conhecido já há muitos séculos. Ele é chamado de autocombustão.

Pela primeira vez estes fenômenos misteriosos foram registrados já no século XVI e o último caso ocorreu recentemente. No ano passado na Irlanda, em sua própria casa, foi encontrado um homem carbonizado, sentado numa poltrona junto à lareira. Entretanto os médicos legistas definiram que a causa da combustão não foi absolutamente o fogo da lareira. Sinais de combustão foram encontrados somente debaixo e em cima do corpo da vítima, os demais objetos não foram atingidos.

Tentando lançar luz sobre este fenômeno ímpar e terrível, o biólogo britânico Brian J. Ford, apresentou a sua teoria:

“As pessoas simplesmente incendeiam-se. Elas podem estar relaxadas sentadas numa poltrona ou deitadas no divã e um segundo depois se transformar, inesperadamente, em chamas. Torrentes de fogo azul explodem de seus corpos, como se fosse a chama de um bico de gás e logo elas se transformam em um punhado de cinzas. Via de regra apenas as pernas permanecem intocadas. Os objetos próximos, tais como jornais no braço da poltrona ou, por exemplo, chinelos, também não são danificados de modo algum. Há séculos a autocombustão provoca inúmeras discussões. Muitas pessoas consideram-na um mito. Mas isto realmente existe e agora nós supomos que podemos explicar a causa de sua origem”.

Em suas experiências Brian J.Ford usa porcos, porque seu código genético é o mais próximo do humano. Como conseqüência eles servem melhor para verificar sua hipótese. A causa mais provável do surgimento do efeito de autocombustão, na opinião de Ford, pode ser a acetona, que é capaz de se acumular no organismo humano em determinadas condições. A quetose (acúmulo de acetona) surge com alcoolismo, alimentação incorreta e também com a diabete. O cientista contou:

“Nós molhamos o tecido da barriga do porco com etanol por uma semana. Mesmo estando envolto em gaze embebida em álcool, ele não irá queimar. O etanol, via de regra, não existe em nossos tecidos, mas no nosso corpo existe uma concentração componente facilmente combustível, que pode aumentar consideravelmente. Os lipídios triacilglicerois desmancham-se no organismo e formam ácidos graxos e glicerina. Os ácidos graxos podem ser usados como fonte alternativa de energia no processo beta oxidação, o que leva ao acúmulo de moléculas metabólicas chave acetil-COA. Elas mantêm o ciclo energético Krebs dentro das mitocôndrias nas células de nosso corpo."

Se Ford conseguir provar que os corpos dos porcos entram em autocombustão quando neles se acumula uma quantidade muito grande de acetona, ele será o primeiro cientista a comprovar experimentalmente a natureza do misterioso fenômeno da autocombustão.



Um comentário:

  1. Tomara que os animais usados nesta experiência não sejam submetidos a dor e sofrimento para explicação de um fenômeno que ocorre naturalmente e sem causar dor, apesar de letal. Pois pelos relatos, a pessoa não percebe a autocombustão, ou seja não sente que está se queimando, tanto que não busca socorro ou se debate como acontece com pessoas quando sofrem queimaduras.

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