Os cientistas acreditam que, tão logo cruze a "rodovia magnética", a Voyager 1 estará no espaço interestelar, já fora do Sistema Solar.[Imagem: NASA/JPL-Caltech] |
Rodovia magnética
A sonda espacial Voyager 1 está prestes a se tornar o primeiro objeto construído pelo homem a navegar pelo espaço interestelar.
O problema é que os astrônomos não sabem exatamente quando isso irá acontecer porque a região é totalmente inexplorada - é a própria Voyager que está traçando o primeiro mapa dos confins do Sistema Solar.
Agora, por exemplo, ela acaba de descobrir algo totalmente desconhecido: uma "rodovia magnética".
Trata-se de uma conexão entre as linhas do campo magnético do Sol e as linhas do campo magnético interestelar.
Essa conexão guia as partículas de baixa energia geradas em nossa heliosfera - a bolha de partículas carregadas que o Sol dispara em todas as direções - para fora do Sistema Solar.
E também permite que as partículas que veem do espaço interestelar entrem no Sistema Solar.
Os dados da Voyager mostram que o entrar e sair das partículas segue um curso bem ordenado que acompanha as linhas magnéticas - uma rodovia magnética.
Fronteira final
Esse tipo de interação entre os campos magnéticos locais e o magnetismo externo já foi observado em outras estrelas pelo Telescópio Espacial Hubble, o que faz os cientistas acreditarem que agora a Voyager está realmente próxima da "fronteira final".
"Nós acreditamos que esta seja a última perna da nossa jornada para o espaço interestelar. Nossas melhores previsões é que vamos atingi-lo em algum momento entre alguns meses até cerca de dois anos," disse Edward Stone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
A Voyager 1 - e sua gêmea Voyager 2, que segue no sentido oposto - foram lançadas em 1977, quando ainda não existiam telefones celulares, nem internet, nem computadores pessoais - e, muito provavelmente, nem mesmo você.
Fonte: Inovação Tecnológica
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