quarta-feira, 16 de outubro de 2013

NOVAS ESPÉCIES descobertas nos Mares do Extremo Oriente

Verme conhecido como Alitta virens
Os cientistas do Extremo Oriente russo descobriram nos últimos anos mais de trezentas novas espécies marinhas de águas profundas, informou Andrei Adrianov, diretor do Instituto de Biologia Marinha da filial do Extremo Oriente da Academia das Ciências Russa (ACR), no fórum internacional Natureza sem Fronteiras, em Vladivostok.

Foram especialmente produtivas as investigações das zonas de águas profundas da fossa das Curilhas-Kamchatka. Os cientistas descobriram, a uma enorme profundidade de mais de cinco quilômetros, verdadeiros oásis de vida. Para bordo dos navios de expedição foram içados mais de setecentas espécies de habitantes marinhos. Cerca de metade deles era antes desconhecida pela ciência. As fossas profundas dos mares orientais são afinal ricas em múltiplas formas de vida. Os estudos realizados há vários anos no mar do Japão, se bem que a menor profundidade, também tinham sido produtivos: foram detectadas mais de 200 novas espécies, sobretudo invertebrados. Essas descobertas criam novas oportunidades para o desenvolvimento da farmacologia e para a obtenção de novos tipos de medicamentos, diz o perito do Instituto de Oceanologia da ACR Mikhail Flint:
Neste momento todo o espectro de antibióticos que obtemos de fontes terrestres não é suficientemente eficaz. A fauna marinha, incluindo a que é recolhida nas profundezas, desligada dos processos que ocorrem na superfície terrestre, resulta em toda uma série completamente inovadora de fármacos que já estão a ser sintetizados em condições laboratoriais. Dessa forma eles serão largamente difundidos. Além disso, algumas espécies animais poderão possivelmente ser cultivadas. Nesse caso iremos obter culturas que podem ser usadas na produção de fármacos biologicamente ativos e importantes para nós.
Os cientistas contam obter novos antibióticos, e compostos químicos que reforçam a ação dos antibióticos, dos organismos que vivem nas profundezas oceânicas e nos recifes de corais, assim como novos venenos que, em doses pequenas, podem ser usados para bloquear processos indesejáveis que ocorrem no organismo humano. No fórum de Vladivostok foram debatidas as questões da monitorização na área da usina nuclear japonesa de Fukushima I e da influência das descargas radioativas da usina avariada sobre a flora e a fauna marinhas. O Estado deve reforçar o seu controle sobre a qualidade dos recursos marinhos dos mares do Extremo Oriente. Agências governamentais como a Rosrybolovstvo e a Rospotrebnadzor devem assegurar a proteção contra a poluição radioativa e excluir a própria possibilidade ocasional do consumo de pescado contaminado, sublinha o vice-presidente do Comitê para os Recursos Naturais e Ambiente da Duma de Estado Maxim Shingarkin:
Sem dúvida que é indispensável reforçar o controle. O Japão reduziu em dez vezes os limites da presença de substâncias radioativas nos produtos alimentares. Na realidade ele acabou por capitular na questão da defesa dos interesses da população do país no que respeita à presença de radionuclídeos nos produtos de origem marinha.”
O biólogo Alexander Semenov e uma das criaturas fotografadas por ele e sua equipe
Os cientistas russos consideram que também deve ser reforçada a vigilância por satélite de um fenômeno como as circulações sinóticas no oceano. Se trata da interação do oceano com a atmosfera que influencia o movimento das massas de água. São alterações a uma escala de dezenas a centenas de quilômetros. É necessários vigiá-las para registar as possíveis poluições transfronteiriça s nos mares do Extremo Oriente.

Fonte: ruvr.ru


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