quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Seca do Sudeste - Será mesmo culpa da falta de chuva?


Abaixo, apresentamos dois artigos, um escrito por Guigo Xavier e outro em vídeo, onde é feita uma denúncia sobre as reservas do Cantareira.

Em primeiro, apresentamos o vídeo de uma pessoa cujo nome é Rubens, dono do canal Verdade Oculta, no Youtube. Ele fez um vídeo, onde mostra que a seca não é bem aquilo que as TVs vem mostrando e alardeando. Ele ainda afirma que tudo não passa de um longo processo de privatização da água, em nome de empresas apátridas.

Bom, vamos assistir...





A Coca-Cola é assim


“Obrigado por compartilhar a felicidade”, diz-se no último anúncio da Coca-Cola (em espanhol), mas olhando de perto parece que a Coca-Cola de felicidade compartilha bem pouco. Se pensam que não, perguntem aos trabalhadores das fábricas que a multinacional pretende fechar agora no Estado Espanhol ou aos sindicalistas perseguidos, e alguns, até sequestrados e torturados na Colômbia, na Turquia, no Paquistão, na Rússia, na Nicarágua ou às comunidades da Índia que ficaram sem água após a saída da companhia. Isso para não falar da péssima qualidade dos seus ingredientes e do impacto na nossa saúde.

Em cada segundo consomem-se 18,5 mil latas ou garrafas de Coca-Cola em todo o mundo, segundo os dados da própria empresa. O império Coca-Cola vende as suas 500 marcas em mais de 200 países. Quem garantiria isso a John S. Pemberton, quando em 1886, elaborou tão exitosa poção numa pequena farmácia de Atlanta. Hoje, pelo contrário, a multinacional já não vende apenas uma só bebida mas muito mais. Através de campanhas multimilionárias de marketing, a Coca-Cola vende-nos algo tão desejado como “a felicidade”, “a faísca da vida” ou “um sorriso”. Todavia, nem o seu Instituto de la Felicidad [ou a Fábrica da Felicidade, em português] é capaz de esconder toda a dor que a empresa provoca. O seu currículo de abusos sociais e laborais corre, tal como os seus refrigerantes, todo o planeta.

Agora, chegou a vez do Estado Espanhol. A Companhia acaba de anunciar uma reorganização que implica o encerramento de quatro das suas onze fábricas, o despedimento de 1.250 trabalhadores e a recolocação de outros 500. Uma medida que, segundo a multinacional, é tomada “por causas organizativas e produtivas”. Pelo contrário, um comunicado da central sindical CCOO desmente esta informação e assinala que a empresa tem enormes lucros de cerca de 900 milhões de euros e um faturamento de mais de 3 bilhões de euros.

As más práticas da empresa são tão globais como a sua marca. Na Colômbia, desde 1990, oito trabalhadores da Coca-Cola foram assassinados por paramilitares e outros 65 receberam ameaças de morte, segundo “El informe alternativo de Coca-Cola” da organização War on Want. O sindicato colombiano Sinaltrainal denunciou a multinacional por detrás destas ações. Em 2001, o Sinaltrainal, através da International Labor Rights Fund e da United Steel Workers Union, conseguiu interpor nos Estados Unidos um processo contra a empresa por estes casos. Em 2003, o tribunal indeferiu a petição alegando que os assassinatos ocorreram fora dos Estados Unidos. A campanha do Sinaltrainal, de qualquer maneira, tinha já conseguido numerosos apoios.

O rastro de abusos da Coca-Cola se encontra praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente (ZooFari/Wikimedia Commons)

Encontramos o rastro de abusos da Coca-Cola praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente. No Paquistão, em 2001, vários trabalhadores da fábrica do Punjab foram despedidos por protestar e as tentativas de sindicalização dos seus trabalhadores em Lahore, Faisal e Gujranwala se chocaram com a oposição da multinacional e da administração. Na Turquia, os seus empregados, em 2005, denunciaram a Coca-Cola por intimidação e torturas e por utilizar um setor especial da polícia para estes fins. Na Nicarágua, no mesmo ano, o Sindicato Único de Trabalhadores (Sutec) acusou a multinacional de não permitir a organização sindical e ameaçar com despedimentos. E encontramos casos semelhantes em Guatemala, Rússia, Perú, Chile, México, Brasil, Panamá. Uma das principais tentativas para coordenar uma campanha de denúncia internacional contra a Coca-Cola foi em 2002 quando sindicatos da Colômbia, da Venezuela, do Zimbábue e das Filipinas denunciaram conjuntamente a repressão sofrida pelos seus sindicalistas na Coca-Cola e as ameaças de sequestros e assassinatos que receberam.

Cabe destacar ainda que a companhia não é unicamente conhecida pelos seus abusos laborais mas também pelo impacto social e ecológico das suas práticas. Como a própria empresa reconhece: “A Coca-Cola é a empresa da hidratação. Sem água, não há negócio”. E onde se instala, ela suga a água até à última gota. De fato, para produzir um litro de Coca-Cola, são precisos três litros de água. E não só para a bebida mas também para lavar garrafas, máquinas… Água que a posteriori é descartada como água contaminada, com o consequente prejuízo do meio ambiente. Para saciar a sua sede uma engarrafadora da Coca-Cola pode chegar a consumir até um milhão de litros de água por dia, a empresa toma unilateralmente o controle de aquíferos que abastecem as comunidades locais deixando-as sem um bem essencial como a água.

Na Índia, vários Estados (Rajastán, Uttar Pradesh, Kerala, Maharastra) encontram-se em pé de guerra contra a multinacional. Vários documentos oficiais assinalam a diminuição drástica dos recursos hídricos onde a empresa está instalada, acabando com a água para o consumo, a higiene pessoal e a agricultura, sustento de muitas famílias. Em Kerala, em 2004, a fábrica de Plachimada da Coca-Cola foi obrigada a fechar depois do município ter negado a renovação da sua licença acusando a Companhia de esgotar e contaminar a sua água. Meses antes, o Tribunal Supremo de Kerala sentenciou que a extração massiva de água por parte da Coca-Cola era ilegal. O seu encerramento foi uma grande vitória para a comunidade.

Casos similares aconteceram também em El Salvador e Chiapas, entre outros. Em El Salvador, as fábricas de engarrafamento da Coca-Cola esgotaram os recursos hídricos após décadas de extração e contaminaram aquíferos ao desfazer-se da água não tratada procedente das fábricas da empresa. A multinacional sempre se recusou a responsabilizar-se pelo impacto das suas práticas. No México, a Companhia privatizou inúmeros aquíferos, deixando as comunidades locais sem acesso aos mesmos, graças ao apoio incondicional do Governo de Vicente Fox (2000-2006), antigo presidente da Coca-Cola do México.

O impacto da sua fórmula secreta sobre a nossa saúde está também extensamente documentado. As suas altas doses de açúcar não nos beneficiam e convertem-nos em “viciados” da sua poção. E o uso do aspartame, edulcorante não calórico substitutivo do açúcar, colocado na Coca-Cola Zero, está demonstrado que consumido em altas doses pode ser cancerígeno, como assinalou a jornalista Marie Monique Robin no seu documentário “O nosso veneno cotidiano”. Em 2004, a Coca-Cola da Grã-Bretanha viu-se obrigada a retirar, após o seu lançamento, a água engarrafada Desani, depois de se ter descoberto no seu conteúdo níveis ilegais de brometo, substância que aumenta o risco de cancro. A empresa teve que separar meio milhão de garrafas, do que havia anunciado como “uma das águas mais puras do mercado”, apesar de um artigo na revista The Grocer assinalar que a sua fonte era água tratada das torneiras de Londres.

Os tentáculos da Coca-Cola, assim mesmo, são tão grandes que, em 2012, uma das suas diretoras, Àngela López de Sá, chegou à direção da Agência Espanhola de Segurança Alimentar. Que posição vai ter, por exemplo, a Agência face ao uso do aspartame quando a empresa, que até poucos dias lhe pagava o salário como sua atual diretora, o usa sistematicamente? Conflito de interesses? Já o assinalamos antes com o caso de Vicente Fox.

A marca que nos diz vender felicidade, reparte antes pesadelos. A Coca-Cola é assim diz o anúncio. Assim é e assim a descrevemos."

Em Jundiaí - SP, está situada a MAIOR fábrica da Coca-Cola do mundo.

Veja:

Jundiaí é sede da maior fábrica da Coca-Cola do mundo*

A localização privilegiada e a boa infraestrutura de Jundiaí foram determinantes para que o município paulista se tornasse a sede da maior fábrica da Coca-Cola no mundo em volume de produção. A unidade tem quase 180 000 metros quadrados de área, emprega mais de 1.000 funcionários e produziu 1,7 bilhão de litros de bebidas em 2013. Os produtos que saem de lá abastecem a maior parte do Estado de São Paulo, inclusive a capital, e parte de Minas Gerais. Recentemente, a fábrica montou um gigantesco armazém vertical com 23 metros de altura, 100 de largura e 75 de profundidade. A estrutura é capaz de armazenar a produção de quatro dias da fábrica, o que simplifica a logística e encurta os prazo de distribuição. (Gabriel Castro, de Jundiaí)


Suspeita de desvio de rio para abastecimento de indústria da Coca-Cola

Existe uma investigação da Promotoria de São Paulo que apura o desvio de um rio para atender a fábrica. Isso mesmo, um rio. A capacidade desse desvio é de 500 litros por segundo. Fazendo um cálculo rápido chega-se a quantia de 30.000 litros por minuto, 1.800.000 por hora e 43.200.000 litros por dia de água roubada. 

O MP indica que, em caso de seca, esse volume de água desviado causaria sério risco de escassez de água na região. 

Ora, temos a maior fábrica da bebida mais vendida do mundo que utiliza 3 litros de água para cada 1 litro do veneno preto. Acredito que essa fonte de água da empresa está sobrecarregada e a seca está prejudicando as reservas mais abaixo. Eu não sou geógrafo, mas racionando sobre o rumo das águas que desembocam no mar, acredito que isso pode afetar o sistema da cantareira.

Na própria apuração do MP, indica que "em tempo de estiagem mais de 1 milhão de pessoas podem ficar sem abastecimento de água em Campinas". 

Veja: Folha


Em guerra contra a Nestlé

Em Minas Gerais, moradores e o Ministério Público também brigam com outra multinacional devido a apropriação das águas da região. Nesse caso, a meu ver, não afeta diretamente o sistema da cantareira, mas reforça a a metodologia empregada por essas empresas para com os nossos recursos hídricos. Se apropriam de algo natural e ganham rios de dinheiro.

Não inserirei o texto na íntegra pois é extenso e ficaria cansativo. Deixarei o Link.


Bem, como essa situação se encaixa na Nova Ordem???

Eu vejo que a dominação cultural e manipulação dos governos fazem terrenos férteis para a exploração dos senhores do mundo. 

Governos corruptos ganham sua esmola para que essas riquezas sejam levadas para os dominadores. Pegam a nossa água e revendem um produto caro para nós mesmos e o dinheiro vai embora para o bolso da NOM que reinveste em marketing para enganar a nossa mente e consumirmos os produtos tóxicos que eles produzem. Todos são felizes consumindo coca nas propagandas, não são?

Pessoas trocam água por coca no dia a dia. Ficam doentes, entrando em outro ramo da NOM que é a indústria farmacêutica. É tudo um ciclo bem planejado.

Nós precisamos assumir a responsabilidade de buscar a mudança. Todas as revoluções da história partiram de lutas do povo. Governante nenhum se mexeu para alterar a situação sem que houvesse uma pressão da massa. 

Devemos continuar tentando abrir os olhos de todos. Todos somos seres iguais e temos direitos iguais sobre todos os recursos que esse mundo oferece. 

O que nasce da terra não é propriedade de ninguém. Ninguém trabalhou para que a água nascesse. Ela apenas nasce. 

No interior já estão passando necessidade. 

Esse final de semana teve grande prêmio de F1 em interlagos (cidade de São Paulo). Será que algum poderoso daquele passou necessidade de água? Definitivamente NÃO! É revoltante!

Me lembro da lição do tio Ben, tio de Peter Parker, "grandes poderes trazem grandes responsabilidades". 
Se conhecimento é poder, então estamos nos tornando poderosos. Esse poder trará a responsabilidade de lutar por mudanças. Lutar por aqueles cegos também. 
"Eles não sabem o que fazem", já disse Jesus na cruz do calvário. 

Um grande abraço amigos. 

Estava afastado do fórum. Graças a Deus, estou concluindo meu curso de Direito, passei na OAB, defendi monografia... esse semestre foi meio puxado. Tudo que aprendi aqui me ajudou muito na minha formação.

Cada contribuição é muito importante. Obrigado a todos! 

Fonte:

Um comentário:

  1. A falta de água é unicamente cupa do homem que diz ser RECIONAL.
    Sem ÁRVORE não temos ÁGUA sem ÁGUA não temos PEIXE.
    Plante uma árvore...
    http://lixoquevirouarte.blogspot.com.br/

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