Água potável é um bem que ainda não está acessível a todas as pessoas no mundo. Pensando em uma solução prática para este problema, o arquiteto italiano Arturo Vittori criou a WarkaWater, uma torre que capta o vapor de água atmosférico e o transforma em água própria para o consumo. A ideia deu tão certo, que ele já desenvolveu uma versão melhorada do modelo.
O sistema não consiste em alta tecnologia. Pelo contrário, ele é tão simples que pode ser replicado em qualquer lugar. O melhor é que, além de ser eficiente, o WarkaWater, nas duas versões, é bonito, assemelhando-se a uma grande escultura.
O projeto foi pensado para ajudar comunidades que sofrem com a falta de água na Etiópia. Apesar de ainda não terem sido instalados no continente africano, os arquitetos já providenciaram a construção de um protótipo do WarkaWater2 no Instituto Italiano de Cultura e pretendem levá-lo para a Etiópia já em 2015.
A base da torre é modular, feita em bambu ou talos de juncus. Internamente elas são forradas com uma malha plástica, semelhante aos sacos usados no transporte de frutas e legumes. As fibras de nylon e polipropileno ajudam a captar as gotículas do orvalho e quando a água escorre, fica armazenada em uma bacia, instalada na parte inferior da torre.
O site do projeto explica que toda a estrutura pesa, em média, 90 quilos, divididos em cinco módulos. Para facilitar a sua instalação em locais de difícil acesso, não é necessário utilizar andaimes ou equipamentos elétricos. A estimativa é de que o WarkaWater2 seja capaz de coletar cem litros de água por dia, provenientes da chuva, orvalho e neblina.
A principal diferença entre a versão atual e o primeiro modelo criado não está em sua estética, mas sim na instalação de uma “coroa” de espelhos na parte superior, que promete manter as aves longe da estrutura. A medida visa reduzir as chances de contaminação da água.
O PRIMEIRO WARKAWATER
Os materiais utilizados por Vittori neste projeto são bambus ou talos de juncus, que foram o esqueleto da estrutura. Dentro elas são forradas com uma malha de plástico, semelhante aos sacos usados para transportar frutas e legumes. As fibras de nylon e polipropileno ajudam a captar as gotículas do orvalho e quando a água escorre ela é encaminhada a uma bacia, instalada na parte de baixo da torre.
Em declaração ao site Wired, o arquiteto explica que chegou a essa ideia após visitar o norte da Etiópia. “Lá, as pessoas vivem em um belo ambiente natural, mas muitas vezes sem água, eletricidade, um vaso sanitário ou um chuveiro funcionando”, declarou. O italiano ainda lembrou que a dificuldade para conseguir água no país africano é tão grande, que mães com filhos pequenos precisam andar quilômetros para chegar a lagoas contaminadas, expondo sua saúde e a de seus filhos a diversas doenças.
Sobre o WarkaWater, Vittori garante que a proposta é garantir água e sustentabilidade em todos os sentidos. “Uma vez que os habitantes locais têm o conhecimento necessário, eles são capazes de ensinar outras comunidades a construírem suas próprias torres.”
Cada um dos captadores de água custa, em média, US$ 550 e precisa de apenas uma semana e quatro pessoas para ser construído com materiais disponíveis localmente.
O arquiteto tem trabalhado há dois anos nesse projeto para torna-lo o mais eficiente possível. A escultura possui 195 quilos e oito metros de altura. O italiano espera ter os dois primeiros construídos na Etiópia em 2015 e está em busca de parceiros para levar a ideia para outras áreas necessitadas.
Fonte: CicloVivo
Será que esta brilhante ideia significa alguma coisa para os governadores do Sudeste brasileiro?
ResponderExcluirSe usado na montanha a captação de água será maior!
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