sábado, 28 de março de 2015

A ARCA DA ALIANÇA foi descoberta?


Como é a Arca

Em Êxodo 25.10-22 e 37.1-9 está a descrição completa da Arca da Aliança e da sua tampa, chamada de propiciatório ou “assento de misericórdia”.

É uma caixa de madeira de acácia coberta com ouro com aproximadamente 130 centímetros de comprimento e 80 centímetros de largura e altura, aberta apenas na parte superior. Para transportá-la, foram colocadas 4 argolas, uma em cada canto (parte inferior) e 2 varais de madeira de acácia cobertos com ouro passados por dentro das argolas.

A tampa, chamada de propiciatório, é totalmente feita em ouro puro e do mesmo tamanho da abertura da Arca. Em cada lado, nas extremidades, há um querubim feito de ouro batido de forma que ambos e o propiciatório formam um só objeto. As asas de cada querubim passam por cima do propiciatório e as suas faces, em cada extremidade, estão de frente olhando para o propiciatório. Moisés ouvia a voz de Deus vinda de uma nuvem que aparecia sobre o propiciatório (Levítico 16.2 e Números 7.89).


A História Completa da Descoberta

Em 1978, após descobrir algumas rodas dos carros egípcios no Mar Vermelho, o arqueólogo Ronald Wyatt retornou a Jerusalém em decorrência das fortes queimaduras de sol que adquiriu na praia de Nuweiba, no Egito. Hospedado em um hotel e desapontado com o cancelamento da expedição, Wyatt descansava suas pernas inchadas pelas queimaduras até quando teve condições de caminhar pela vizinhança do muro norte da cidade velha.

Enquanto conversava com um profissional em antigüidades romanas, pararam em uma pedreira antiga conhecida como “Escarpa do Calvário”, e apontou para um local que é usado para entulhar lixo. Repentinamente disse: “Esta é a Gruta de Jeremias e a Arca da Aliança está lá”. Wyatt, que nunca se interessou pela procura da Arca, espantou-se com as suas próprias palavras! O homem que o acompanhava ficou entusiasmado prometendo-lhe obter permissão por escrito para escavar e, além disso, receber hospedagem e comida gratuitamente. Mas ele recusou temporariamente a oferta retornando para sua casa no Tennessee, EUA, iniciando um sério estudo sobre o maior tesouro da antigüidade.


Estudo sobre o destino da Arca

Wyatt tirou várias conclusões: A Arca não poderia ter sido levada para a Babilônia, de acordo com as referências bíblicas. Deveria ter sido escondida algum dia entre o ano 621 (18º ano do reinado de Josias) e 586 AC, quando os babilônios invadiram a cidade e o templo foi destruído. Finalmente, a Arca deveria ter sido escondida entre as tranqueiras babilônias e o muro da cidade pois ninguém em Jerusalém pôde sair, considerando que a cidade havia sido totalmente destruída e que era altamente improvável que a Arca estivesse escondida nela. Todos estes pontos emparelharam perfeitamente com a área que Wyatt havia apontado e identificado como sendo a Gruta de Jeremias. O lugar estava exatamente entre o muro e as tranqueiras. Isto era o suficiente para ele voltar a Jerusalém e iniciar a escavação.

Localização da Arca durante o cerco babilônio


Nova permissão para escavar

Em Jerusalém, Wyatt logo descobriu que não era tão fácil obter uma licença para escavar. O profissional de antigüidades romanas que havia lhe prometido a permissão por escrito, não pôde fazer assim. Wyatt tinha trabalhado por muitos anos em vários locais arqueológicos mas tudo feito reservadamente pois ele não era um arqueólogo profissional e isto dificultou a situação. Ele pediu uma licença e esperou três longas semanas. Enquanto isso, ele e sua pequena equipe viajaram para Ashkelon na costa oeste de Israel.

Enquanto nadavam no Mar Mediterrâneo, Wyatt esbarrou com os pés em algo na água. Ao verificar o que era, achou uma antiga e grande panela de pedra e continuando a observar na área descobriu vários destes jarros. Cada um estava cuidadosamente lacrado mantendo o seu interior intacto. Quebrando um dos jarros, achou restos de ossos humanos. Ficou evidente que eram panelas ossuárias antigas.

Wyatt as entregou imediatamente ao pessoal do Departamento de Antigüidades que ficou grandemente entusiasmado ao identificá-las como panelas ossuárias Canaãnitas! Um outro arqueólogo já as tinha procurado anteriormente em toda a praia porém sem sucesso. Ninguém pensou em procurá-las por alguns metros dentro do mar!

Para Wyatt estes achados não eram tão significantes quanto as outras descobertas que ele havia feito, mas como resultado deste achado foi-lhe concedido imediatamente uma licença para escavar em Jerusalém. Sem dúvida, foi uma providência divina! Ainda mais que algumas resoluções da ONU proibiam escavações arqueológicas em territórios ocupados por israelenses desde 1967.


O local da escavação

Os 3 dos mais famosos montes na área de Jerusalém são Sião, Moriá e o monte das Oliveiras. Embora seja construída sobre o Sião e o Moriá, a cidade velha normalmente é referida na Bíblia como “Sião”.

Os montes onde a velha Jerusalém foi edificada:


O Moriá foi o local onde Davi ergueu um altar depois de ver o anjo que se levantava pronto para destruir a cidade e onde Salomão construiu o templo. De acordo com o livro de Gênesis havia outro evento significante e histórico que acontecera ali: o sacrifício de Isaque, que foi substituído por um carneiro.

Hoje o grande Domo da Rocha está neste local onde o primeiro e o segundo templos estavam anteriormente, onde Abraão tinha erguido um altar para sacrificar Isaque. Com grande alívio ele descobriu que não era o seu filho o escolhido para morrer pela humanidade e além disso, neste mesmo monte, Deus proveria o verdadeiro sacrifício (Gênesis 22.14).

No lado leste, sul e oeste de Jerusalém há vales fundos que proporcionaram excelente proteção para a cidade contra ataques inimigos. A parte norte era muito vulnerável. Uma parte do Moriá foi cortada para que os inimigos não atacassem pelo muro norte ao nível do solo. Esta parte também foi usada como pedreira e o primeiro livro de Reis relata que Salomão usou pedras de uma pedreira para construir o Primeiro Templo e provavelmente próxima. A parte norte do Monte Moriá está separado da cidade e ficou conhecida como “Monte da Caveira” (Monte Calvário) por causa da face do precipício chamada de “Escarpa do Calvário” que fica de frente para o muro norte. A área na frente da escarpa é a que Wyatt identificou estar a gruta de Jeremias.

Localização da “Escarpa do Calvário” em frente ao muro norte:


Durante anos Jerusalém foi destruída e reconstruída. Era normal construir a cidade nova sobre os restos da velha. Por isso hoje há restos de várias cidades, um em cima do outro, na mesma área. Assim, para localizar o nível do solo original nesta região do Moriá ele teve que cavar diretamente para baixo pelo lado da face do precipício


O local da crucificação no Gólgota

A forma de crânio na escarpa levou muitos a crerem que esta parte separada do monte Moriá seria o lugar onde Jesus foi crucificado. O local de crucificação era fora dos muros da cidade e era chamado “O Lugar da Caveira” ou Gólgota (Mateus 27.33, Marcos 15.22, Lucas 23.33 e João 19.17). A Bíblia não menciona “um Monte Calvário” mas “Lugar da Caveira”. Até hoje a forma enorme de um crânio pode ser vista na face sul da escarpa, embora a face do precipício tenha ganho pouco interesse antes do 18º século. Atualmente há um terminal rodoviário no local da escavação. Abaixo, fotos de 1870 até 2003.

A face do precipício: “Gólgota” (em aramaico), “Caveira” (em grego) ou “Calvário” (em latim):

Foto de 1870
Em 2003 durante a construção do terminal rodoviário


Otto Thenius, um alemão, chegou à conclusão em 1842, que este era o local da crucificação. Também houve várias visitas dos americanos que tiveram a mesma conclusão: Rufus Anderson (1845), Fisher Howe (1853), Charles Robinson (1867) e Selah Merill (1845) junto com o inglês Henry Tristam (1858) e o famoso francês Ernest Renan, autor de “Vie de Jèsus” (1863) (“The Weekend That Changed the World“, Peter Walker, 1999, página 113).

Esta escarpa está próxima ao Portão de Damasco que era o principal para entrar e sair da cidade onde havia uma estrada movimentada no tempo de Jesus. Marco Fabio Quintiliano, professor de Latim e escritor romano, registrou que crucificavam criminosos próximo das estradas para que muitos, por causa daquele castigo, temessem a prática do crime. Segundo os judeus de Sefardic este precipício também foi um local de apedrejamento, também conhecido como Mishnah.

Em Gênesis 22.14 também afirma que no monte Moriá Deus proveria o sacrifício do verdadeiro cordeiro, o Messias. Este precipício está na parte norte do monte.


A Tumba de Jesus

“No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto.” João 19.41

Realmente há uma tumba, descoberta em 1857, no lado ocidental da escarpa, aproximadamente 200 metros da face do precipício e é exatamente como está definida em Lucas 23.53. A Inglaterra comprou a área que até hoje pertence a uma associação inglesa. Também no local foram descobertas várias cisternas de água onde a maior tem aproximadamente 900 mil litros. Em 1942 foi descoberto um lagar antigo, evidenciando que já houve uma vinha ali. Wyatt iniciou as escavações na região entre a face do precipício e a tumba.




Os Nichos

Wyatt e seus dois filhos começaram cavando diretamente para baixo da face do precipício, paralela a esta. Ao mesmo tempo que removiam vários baldes de pedra e terra eles tiveram que seguir as exigências do Departamento de Antigüidades peneirando tudo para não perder qualquer tipo de artefato. Como eles cavaram para baixo, encontraram 3 nichos cortados como “estantes” na parede do precipício. Alguns arqueólogos já haviam descoberto nichos romanos semelhantes, assim Wyatt reconheceu imediatamente para que serviram.

Os nichos ficam abaixo da “boca da caveira”:



Nos tempos romanos era comum usar nichos para apoiar grandes placas sinalizadoras. As placas eram feitas de tábuas de madeira cobertas com gesso e eram usadas para fazer notificações. Como estes nichos estavam na parede do precipício e Jesus havia sido executado no estilo romano, era extremamente provável que os 3 nichos foram usados para apoiar cada uma das 3 placas da acusação escritas em três idiomas diferentes (João 19.19-20). Wyatt suspeitou que os 3 nichos descobertos eram seguramente das placas romanas que identificavam “o criminoso”. As suas conclusões seriam confirmadas a seguir.

Uso dos 3 nichos para fixar as placas:





A Cisterna

As paredes do local onde estavam escavando começaram a parecer instáveis assim passaram a escavar no local onde Wyatt havia apontado primeiramente. Ele achou que havia bastante espaço para cavar atrás da pedra subterrânea que anteriormente foi um obstáculo, assim começou a escavar entre a pedra e a parede do precipício. Agora a pedra formava um “teto” semelhante a uma marquise.


A uns 11,5 metros abaixo do nível do solo encontraram o antigo chão do local, o ponto mais baixo. Depois de remover cuidadosamente os escombros, eles acharam uma câmara com um diâmetro de aproximadamente 4,5 metros. Havia degraus em espiral na parede e mais acima um buraco. Era a evidência que a câmara deve ter sido transformada em uma cisterna. No buraco teria uma corda que desceria um balde para coletar água ou talvez grãos.


Ao cinzelar através do emboço usado como enchimento para moldar a cisterna, ele achou vários fragmentos de cerâmica e os levou até as duas casas de antigüidades da cidade para avaliação. Nelas o informaram que alguns datavam do tempo dos Jebusitas, antes de David ter tomado Sião e declarado Jerusalém a capital de Israel, mas as amostras mais recentes eram do período romano. Assim a câmara deve ter sido emboçada e transformada durante a era romana.


O local de apedrejamento

Com o achado dos fragmentos de cerâmica e das moedas, conseguiram então encontrar o nível do solo da época. Neste momento eles começaram a cavar horizontalmente um túnel ao longo da parede do precipício, até o local onde eles tinham iniciado as escavações. O propósito era achar uma entrada de uma caverna ou escavar até a parte subterrânea da face do precipício. Mas o que eles encontraram foi a evidência da violência que era cometida ali. Um metro acima da extremidade da cisterna terminava a fundação. Cavando diretamente um metro abaixo, Wyatt achou várias pedras do tamanho de um punho, e entre elas achou também ossos humanos, particularmente ossos de dedo. As muitas pedras incomuns e ossos espalhados mostraram claramente que o local não foi uma sepultura, e concluiu que poderia ter sido o local de apedrejamento descrito no livro de Atos 7.57-58, onde descreve o apedrejamento de Estevão.


O buraco da cruz

Wyatt continuou escavando em direção ao local inicial da escavação quando encontrou a fundação de uma edificação antiga, presa à face do precipício. Era uma pedra lisa prolongada de uma das paredes parecendo um altar. Alguém poderia tê-la usado como um “memorial”, mas para quê? Havia pouco espaço na frente da pedra horizontal e Wyatt notara que estava coberta com calcário. Era tão incomum e tão simétrica que certamente fora cortada pelo homem e Wyatt a inspecionou mais intimamente. Erguendo-a ficou surpreso ao descobrir que estava cobrindo um buraco quadrado cinzelado na base da pedra. 

O lugar parecia ter estado intacto por vários anos e havia muita sujeira e escombros ao redor que escondiam o buraco. Ao remover tudo isso, viu uma rachadura no chão saindo daquele buraco. Era uma plataforma, como uma borda, estendida dois metros e meio na frente da face do precipício e era nesta borda que o buraco quadrado fora cinzelado. Na área da frente da borda ele achou outros três furos quadrados cinzelados no chão de pedra da mesma maneira como o primeiro. Os lados dos buracos tinham aproximadamente 30 a 33 centímetros. As medidas de Wyatt mostraram que o primeiro buraco com a rachadura localizava-se 4,2 metros diretamente abaixo dos três nichos. A sua teoria de que estes nichos poderiam ter sido usados para sustentar placas que descreviam a natureza do crime era agora confirmado pela localização dos buracos. Eram nitidamente buracos de cruz. As circunstâncias que levaram Wyatt a começar cavando ali e a sua confiança de que Deus estava lhe dando uma direção, o fez crer que o primeiro buraco com a rachadura poderia muito bem ter fixado a cruz de Cristo.

Mas não foi só isso que o levou a esta conclusão. A fundação da estrutura indicava que a área inteira havia sido coberta em um certo tempo. Poderiam cristãos terem erguido uma edificação ali em memória do que havia acontecido? O modo com que a estrutura foi construída ao redor do buraco e alguém ter colocado uma pedra em cima do buraco quadrado, fortalecia a sua convicção de que aquele era o buraco que de fato fixou a cruz de Jesus. A rachadura do buraco da cruz era típica de um terremoto. Não haviam marcas que caracterizasse o uso de martelo ou cinzela, então tinha que ter sido natural. Mateus afirmou que houve um terremoto quando Jesus estava na cruz: “… a terra tremeu, fenderam-se as rochas;” (Mateus 27.51). O buraco tinha uma profundidade de 59 centímetros. A rachadura do buraco era ainda mais profunda, mas naquele momento Wyatt ainda não havia medido a sua profundidade. Após um ano ele descobriu que ela tinha aproximadamente 6 metros abaixo do chão.

A fenda tem 6 metros de descida:




Datando a edifícação

Wyatt e sua equipe acharam moedas que possibilitavam datar a edificação. Uma das moedas tinha a inscrição de Tibério, imperador que governou Roma entre os anos 14 e 37. Nenhuma moeda de datas anteriores foi achada, mas haviam outras que datavam do ano 135. A partir destas evidências, Wyatt calculou que a edificação foi erguida entre o tempo da crucificação e o ano 135. O lugar foi construído provavelmente depois que o imperador Tito destruiu Jerusalém em 70. Desde o tempo da crucificação até a destruição da cidade, este local provavelmente ainda estava sendo usado. No livro “Guerras dos judeus”, Livro V, Capítulo XI, parágrafo I do historiador Josefus, é narrado que cerca de 500 homens foram crucificados diariamente em Jerusalém no período de Tito. Isto teria tornado quase impossível para os cristãos construírem qualquer memorial no local até então. Quando Jerusalém foi totalmente destruída pelos romanos em 70, a crucificação em massa terminou, e a maioria dos judeus foram mortos ou vendidos como escravos. A cidade que era tão magnífica, e que havia experimentado sua segunda destruição por completo, foi reduzida a um acampamento romano. O segundo templo que tinha sido construído no mesmo local do templo de Salomão ficou totalmente em ruínas (Mateus 24.1-2) e a mobília dourada foi roubada. Umas oitocentas guarnições romanas ficaram estacionadas no acampamento para assegurar que ninguém tentasse reconstruir a cidade novamente. Os cristãos tinham sobrevivido à destruição de Jerusalém por terem sido advertidos por Jesus, quando exatamente deveriam deixar a cidade. Enquanto Jesus estava vivo, havia lhes contado que a cidade seria destruída, e lhes deu um sinal que indicava quando fugir e evitar a morte pela invasão do exército inimigo (Lucas 19.43-44).

Quando o imperador romano Hadrian chegou para reconstruir a cidade no ano 130, ele se mostrou tolerante para com os cristãos. Aos judeus porém, não lhes foi permitido pisar na cidade. O imperador chamou a nova cidade que construíra de “Aelia Capitolina”. Os judeus que voltaram para a Judéia se revoltaram contra ele, resultando na morte de meio milhão de judeus. Como a moeda mais recente encontrada era do ano 135, possivelmente os cristãos perceberam que era a chance de levantar a edificação após a destruição de Jerusalém quando o Cristianismo foi tolerado pelos romanos, que lhes permitiram acessar essas áreas. A ausência de qualquer moeda com data após 135 indica que o local poderia ter sido abandonado nos anos seguintes. A condição dos restos da edificação indicavam que não foi destruída, mas abandonada e deteriorada naturalmente. Com o passar dos anos a área foi coberta por terra e escombros.


A lápide

A construção era muito simples. Protraindo da parede traseira estavam duas paredes externas perpendiculares. Como eles continuaram cavando na procura da outra parede, acharam uma pedra cortada de quase 60 centímetros de espessura. A maior parte estava coberta por terra e escombros, mas uma seção exposta apresentou-se arredondada, como um tampo de mesa redonda. Como era enorme não tentaram descobri-la. Wyatt pensou se esta seria a pedra que José de Arimatéia rolou para fechar a tumba de Jesus (Mateus 27.59-60). A maior lápide encontrada por ele tinha 1,7 metros de diâmetro, mas esta arredondada era muito maior. Depois de alguns anos que ele descobriu, pela ajuda de um radar, que a pedra tinha um diâmetro de um pouco mais de 4 metros. Como a pedra redonda foi posta dentro da antiga estrutura, era provável que os cristãos que fizeram este memorial, tinham incorporado outros objetos relativo a Jesus, como parte da construção. Isto explicaria por que a pedra havia sido levada para longe da tumba sendo colocada próxima dos buracos das cruzes.




Um Grande Sistema de Cavernas

Quase dois anos haviam se passado desde que Wyatt e seus dois filhos começaram a escavar, e ainda não tinham achado qualquer sistema de caverna ou túneis escondidos. Embora Wyatt tivesse achado vários artefatos de grande significância, não eram exatamente o que estava procurando: a Arca da Aliança. O trabalho estava parado, havia gastos e tinha que continuar com a escavação. Wyatt relata:

“Sabia que havia cavernas porque mel de abelhas estava saindo das rachaduras, e elas voando para dentro. Assim seus ninhos estariam lá. De qualquer modo, meu filho mais jovem disse: ‘Papai, você orou por isto?’, respondi, ‘Sim. Eu deveria ter orado com meus filhos’. Nós olhamos para trás e vimos erros que cometemos, mas ele questionou: ‘Oramos à noite e pela manhã, mas deveria ter pedido direito.’ De qualquer maneira, ele disse: ‘Você orou por isto?’, e respondi, ‘Sim’. Ele disse: ‘Você indicaria o que é melhor se fazer?’. Disse-lhe, ‘Sim. eu suponho ter que penetrar direto naquele precipício’. E ele disse, ‘Bem, façamos isto’. E eu disse, ‘De modo algum! Isso é estupidez! Eu não vou fazer isso’. Assim trabalhamos durante três ou quatro dias a mais e estávamos para partir no dia seguinte. Meu filho mais velho estava triste comigo e estávamos passando as ferramentas para meu filho mais novo guardá-las, e o mais velho, que é uma pessoa bastante calada, disse-me: ‘Papai, você orou sobre isto?’, respondi ‘Certamente, eu orei’. Ele disse: ‘Bem?’ eu disse, ‘Fui orientado para quebrar naquele precipício mesmo’. E ele disse, ‘Bem, façamos!’. E eu disse, ‘Não! Isso é estupidez! Eu não baterei minha cabeça contra um precipício!’ Ele disse, ‘Bem, papai, perdoe-me por falar assim, mas eu o vi fazer coisas mais estúpidas!’ Eu disse, ‘OK… Diga para Ronny devolver as ferramentas…’.


Agora se você olhar cuidadosamente verá uma rachadura aqui mesmo. Não é muito mas é uma linha de falha daquela rocha. Assim nos movemos uns 46 centímetros para este lado, levamos nossos martelos e cinzéis e começamos marcando a rocha para cima e para baixo, e para cima e para baixo. Finalmente um grande pedaço grosso estourou para fora. Nós o empurramos para o lado e olhamos o fundo. Havia um pequeno buraco escuro sobre aquele pedaço retirado (Wyatt indica o pequeno buraco com seus dedos). Não vi nada prometedor. Pedi ao meu filho a lanterna, e sentamos onde eles poderiam ver. Dava em um túnel. Assim coloquei a lanterna naquele buraco e havia uma grande câmara de caverna. Não nos levou muito tempo para aumentar o buraco o bastante para poder entrar. Pensei que a Arca da Aliança estivesse ali mesma. Não estava… Assim, como tivemos que partir na manhã seguinte, tampamos aquele buraco. Voltando para o nível do solo, fechamos o buraco. Com tudo estando arrumado ninguém poderia saber onde havíamos estado. Eu tive que ir para casa, trabalhar e economizar mais um pouco e retornar…” (Ronald Wyatt, Zedekiah’s Cave, Dezembro de 1997)


A Chocante Descoberta

Na viagem seguinte, descobriram que esta caverna conduzia a um outro sistema de cavernas e túneis muito maior. Nem todos os túneis eram conectados um ao outro, e gastaram várias horas cinzelando paredes de pedra encontrando mais túneis e cavernas. Este sistema de caverna parecia completamente intacto de mãos humanas. Era dezembro de 1981, o inverno estava frio em Jerusalém, e Wyatt e seus dois filhos ficaram doentes. Ele estava profundamente confiante que Deus o permitiria achar a Arca naquela viagem. Ele havia recebido várias respostas para a oração que o levava a esta conclusão, mas agora por causa da doença, começaram a desanimar. Wyatt relata:

“Meus dois filhos tinham ficado muito doentes em 1982. Eu enviei um deles para casa na véspera de Natal, e o outro na véspera do ano novo. Eu devia 300 dólares ao hotel, e não tinha dinheiro para nada. Havia um árabe que nos deixou comer em seu restaurante. Aquela gente é humilhante para mim. Havia coisas com as quais não me sentia confortável, e estava experimentando várias delas naquela viagem. Eu decidi que iria achar a Arca da Aliança ou morrer no buraco. Isso podia parecer um pouco melodramático, mas estava humilhado. Não podia pagar a conta do hotel, estando bastante ‘morto’ numa situação como aquela…

De qualquer maneira, o pequeno árabe que estava nos deixando comer no restaurante, era um homem adulto mas tinha aproximadamente esta altura (disse apontando à altura do seu tórax). Então, para nós, ele passaria pelo sistema de caverna, rastejaria nas câmaras e lhe daríamos uma lanterna, e ele iluminaria ao redor e espiaria para ver se parecia haver alguma coisa lá. E assim nós o fizemos repetidas vezes e chegamos a um outro buraco. Eu lhes digo que não acreditariam por onde havíamos entrado naquela caverna. Quantos de vocês alguma vez estiveram dentro de uma caverna grande com túneis e câmaras e tudo o mais? OK, vocês sabem o que eu estou dizendo. Nós há pouco tínhamos passado por toda parte daquele lugar, para cima, abaixo, níveis diferentes, e neste momento nós tínhamos abaixado aproximadamente 14 metros, e então voltamos para cima, e este buraco estava na parede, sobre aquele grande ao redor (ele faz um círculo de aproximadamente 20 cm com as mãos), e havia uma estalactite pendurada no meio disto. Era a única estalactite que tinha visto na caverna que não era esta pequena (ele mostra com os dedos o tamanho de cerca de 10 cm). A outra era grande e eu a tenho em minha coleção de objetos.

Assim eu a rompi, fiz um buraco grande o bastante para ele entrar, e assim foi rastejando para dentro, e lhe dei a lanterna para que ele pudesse fazer o mesmo que estávamos fazendo há vários dias. Ele retornou apressadamente, os olhos dele estavam tão arregalados quanto olhos humanos podem ficar e disse, ‘O que tem lá? O que tem lá? Eu não voltarei lá!’ E disse-lhe, ‘Bem, o que viu?’ Ele disse, ‘Não vi nada’ Então pensei, ‘Bem, OK. Agora entrou em lugares mais apertados e por isso havia respondido daquele jeito’. Assim, eu peguei este pequeno feixe de luz, e vocês sabem que é um lugar muito escuro aqui, e pensei, ‘Isso é um terror Divino’, vocês sabem que isso é um terror sobrenatural. Assim calculei que era aonde a Arca da Aliança está, ou o caminho para chegar até ela, um ou o outro. E Deus não quer que este colega saiba onde está. De qualquer maneira, ele há pouco disse, ‘Tenho que sair daqui!’, e saiu. Assim aumentei o buraco o bastante para poder entrar, entrei lá e, gente, estava cheio de pedras. Maior que estas aqui. Até a altura de cerca de 45 cm do teto. Se este moço não tivesse ficado aterrorizado e saído apressadamente como fez, eu não teria entrado naquele lugar…


De qualquer maneira, com a lanterna rastejei até lá, ao redor e por cima das pedras, e iluminei para baixo entre as rachaduras da pedra, e nessa superfície plana uma coisa dourada refletiu atrás de mim. Assim movi por cima das pedras e iluminei para baixo por outra rachadura. Havia duas reflexões, uma aqui, uma lá e uma em cima daqui. Assim percebi que era uma superfície plana, parte superior dourada, e pensei: ‘A Arca da Aliança!’. Me esqueci dos querubins assentados na parte de cima. Eles teriam sido empurrados para cima através das pedras e das coisas, em cima do propiciatório.


Mas de qualquer maneira, eu comecei a mover essas pedras, e as coloquei em qualquer lugar que pudesse. Me abaixei até a superfície dourada que estava atrás dos meus ombros, inclinada atrás deles. Era a Mesa dos Pães (Números 4.7)… Mas de qualquer maneira, estava olhando para a Arca da Aliança. Só a partir de então tive tempo para examinar cuidadosamente o resto da câmara. Visto que apenas tinha rastejado até ali, dei uma olhada e comecei a verificar debaixo das pedras. Então movi a lanterna ao longo da parede, vi uma caixa de pedra colocada contra a parede, com muito espaço entre ela e o teto. A tampa estava quebrada, deslocada para o lado e diretamente acima dela havia uma rachadura com uma substância marrom escura parecida com a do fundo desta rachadura. E pude vê-la da parte superior da tampa da caixa. Em ambos os lados dos pedaços quebrados havia mais desta substância marrom escura (silêncio, Wyatt chora). De repente percebi que estava sentado em frente da Arca da Aliança e o sangue de Cristo estava derramado sobre ela (silêncio). Nunca tinha ouvido alguém orar qualquer coisa sobre aquele tipo de possibilidade, nunca. Era muito para mim. Quando recuperei a consciência e olhei novamente para meu relógio, 45 minutos tinham se passado desde que rastejei na câmara.” (Ronald Wyatt, Zedekiah’s Cave, Dezembro de 1997).


As autoridades

A promessa que Wyatt acharia a Arca nesta viagem foi cumprida, mas contudo não lhe foi permitido vê-la totalmente, nem lhe foi possível retirar a Arca da caverna. Frustrado com isso, ele ouviu a voz de Deus: “Só lhe disse que a acharia. Sairá daqui no seu devido tempo”.

Wyatt informou a descoberta às autoridades israelitas, e depois entregou um minúsculo artefato que encontrou na caverna. Era um romã de marfim com uma inscrição que o identifica pertencer ao templo de Salomão. Este é o único objeto do primeiro templo já visto e exibido no Museu Israelita em Jerusalém. Esta descoberta os convenceu que o Wyatt pudesse estar dizendo a verdade sobre a descoberta da Arca da Aliança. Ele foi o único que encontrou um objeto do primeiro templo onde a Arca esteve. Wyatt sabia que vários críticos ao redor do mundo não acreditariam que ele encontrara este romã, então quebrou-lhe um pedaço pequeno e o deixou na câmara com a Arca da Aliança.

Romã de marfim:


As autoridades lhe disseram que mantivesse a descoberta da Arca em segredo. O motivo é que esta descoberta poderia criar grandes problemas religiosos e políticos para Israel por ser uma sociedade frágil e explosiva. Eles temiam uma possível reação violenta de alguns judeus radicais se eles tomassem conhecimento de que a Arca da Aliança foi encontrada, achando ser este um sinal de Deus para retomar o Monte do Templo, destruir o Domo da Rocha e construir o 3° Templo, ocasionando um conflito geral com todo o mundo árabe. Em outras épocas a disputa pelo Monte do Templo gerou alguns conflitos sangrentos.

Anos mais tarde, após ter sido avisado que Wyatt  havia divulgado a descoberta, e ainda pela internet, onde não há controle sobre as informações, o conselho da Associação do Jardim da Tumba teve que emitir um documento confirmando que ele teve permissão para escavar até o verão de 1991, mas desmentindo o achado da Arca (para evitar futuros conflitos) e afirmando ainda que não tinha qualificação como arqueólogo (de fato, era amador)! Descobrir a Arca da Aliança em Jerusalém seria um grande perigo!


Os objetos na câmara

Não era possível tirar quaisquer dos objetos da câmara. Primeiramente estava cheio de pedras empilhadas ao redor das mobílias do templo, e secundariamente, Wyatt não pôde retirar os artefatos pelo pequeno buraco por onde entrou. Ele teria primeiro que localizar a entrada original usada pelos homens (Jeremias e Baruque?) para esconder os objetos.

Wyatt voltou várias vezes na câmara. Em uma delas levou uma furadeira usada em cirurgia ortopédica e um colonoscópio, um instrumento óptico com uma forte fonte luminosa que médicos usam para examinar dentro do corpo humano. A caixa de pedra era tão alta, que a tampa estava próxima ao teto e tinha de olhar pela abertura da tampa quebrada para ver a Arca. Com a broca Wyatt tentou fazer um buraco pequeno na caixa de pedra para poder identificar a Arca. O efeito desejado falhou então ele fez um buraco na caixa de pedra com abertura suficiente para introduzir o colonoscópio. Neste instrumento só se pode ver uma pequena área de cada vez, mas movendo-o ao redor poderia ver o famoso objeto dourado. A primeira coisa que ele viu foi a bordadura ao redor do topo do propiciatório. Então viu a superfície lisa com os lados dourados. Isto era suficiente para que tivesse certeza de que a Arca realmente estava ali.

Em seguida Wyatt identificou os seguintes objetos na câmara: A Arca da Aliança que estava na caixa de pedra, a Mesa dos Pães, o Altar do Incenso de Ouro, um candelabro de 7 ramificações, uma espada grande de 1,57 metro, um éfode (espécie de manto sacerdotal), uma moeda de bronze, vários abajures de óleo, e um anel de bronze. Também havia outros objetos mas Wyatt não tinha certeza para quê tinham sido usados. Estes artefatos estavam cobertos com peles de animais. Nas peles foram colocados troncos de madeira, e em cima deles uma camada de pedras. As Tábuas de Pedra com os 10 Mandamentos estavam ainda na Arca da Aliança, e do lado da Arca estava um cubículo pequeno aberto que continha o Livro da Lei que Moisés escreveu sob ordenança de Deus: “Ora, tendo Moisés acabado de escrever num livro todas as palavras desta lei, deu ordem aos levitas que levavam a arca do pacto do Senhor, dizendo: Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do pacto do Senhor vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra vós.” (Deuteronômio 31.24-26; 17.18 e 29.21 – também em Êxodo 24.7). Do que ele pôde ver, estava lá a maioria dos livros de Moisés. Todos aqueles rolos, feitos de pele de animal e envelhecidos por mais de 3 mil anos, estavam em condição surpreendentemente excelente! Wyatt também achou sete abajures de óleo que ele supôs haverem sido usados pelos que trouxeram os objetos para a câmara. Um dos abajures estava enfeitado com um desígnio típico assírio; uma cabra ou um carneiro, com suas pernas traseiras levantadas e se alimentando numa videira. Isto mostrou a influência cultural que o povo assírio teve na Judéia durante um longo tempo antes do cativeiro babilônio.


A entrada original

O sistema de caverna pelo qual Wyatt havia entrado na câmara parecia estar intocável por mãos humanas. O buraco pelo qual ele tinha entrado era muito pequeno e mal localizado para ter sido a entrada que Jeremias e seus homens usaram para levar os objetos grandes para a caverna. A pergunta agora era: Qual túnel eles haviam usado?

Wyatt começou a inspecionar a câmara pela outra entrada. Em um lugar ele viu algo que estava coberto com pedras, e parecia conduzir para outra câmara. Ao remover algumas das pedras, descobriu um longo túnel natural com marcas de cinzel, o que garantia que alguém o havia alargado. O problema que Wyatt encontrara agora era que o resto do túnel era completamente bloqueado por fora com grandes pedras. Desbloquear o túnel seria muito difícil e depois de sair e marcar a sua pequena entrada, ele decidiu procurar do outro lado, no início daquele túnel. Desde que as mobílias tinham sido trazidas do Templo, obviamente este era o ponto de partida e a câmara era o destino deles. Wyatt não estava informado sobre algum túnel que ía na direção do Templo, mas ele ainda tinha alguma idéia sobre onde poderia começar a procurar. A Caverna de Zedequias com uma extensão de 230 metros sob o Monte Moriá foi durante um certo tempo usada como mina de pedra (pedreira subterrânea). Esta caverna fica situada entre o Monte do Templo e a Escarpa do Calvário (imagem abaixo), assim poderia ter uma possível ligação.



A caverna de Zedequias

Dr. James Turner Barclay era um americano que trabalhou como médico e missionário em Jerusalém de 1851 a 1857. Ele ainda é conhecido (entre outras coisas) por ter redescoberto um portão de entrada para o local do Templo, assim recebeu o nome de “Portão de Barclay”.

Dr. Barclay freqüentemente andava com seu cão nas áreas ao redor da cidade velha. Num domingo do inverno de 1854, ele foi caminhar ao longo do muro norte da cidade velha de Jerusalém. De repente, seu cão desapareceu, e Dr. Barclay assobiou para ele. O cão não veio, e o filho de Dr.Barclay que o acompanhara começou a procurar o animal. Ao olhar ao longo a parte da pedreira onde o muro norte foi construído, achou um buraco fundo por onde eles ouviram o cachorro latir dentro da caverna.

Assim esta enorme caverna foi redescoberta. Durante séculos acreditava-se que a entrada da Caverna de Zedequias havia sido bloqueada pelas construções de pedra.

Entrada da Caverna de Zedequias (Muro Norte):



Uma maneira de escapar

Muitos acreditam que Salomão usou pedras da Caverna de Zedequias para construir o magnífico Templo. A Bíblia relata como as pedras foram cortadas e como elas foram lavradas dentro da pedreira, evitando barulho na cidade durante a construção do templo (I Reis 6.7).

A caverna recebeu o nome de “Caverna de Zedequias” porque muitos achavam que esta foi a que o rei Zedequias usou para fugir de Jerusalém durante o cerco babilônio. Porém, a Bíblia apenas diz: “E o príncipe que está no meio deles levará aos ombros os trastes, e às escuras sairá; ele fará uma abertura na parede e sairá por ela; ele cobrirá o seu rosto, pois com os seus olhos não verá o chão.” (Ezequiel 12.12). “Então a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta entre os dois muros, a qual estava junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo caminho da Arabá. Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei, e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o seu exército se dispersou.” (II Reis 25.4-5).


A passagem dos lapidários

Enquanto caminhava ao redor e examinava esta caverna, Wyatt tentou se familiarizar com os lapidários. Quando viu que a caverna se estendia pelo fundo da montanha, percebeu como era sem sentido e cansativo tirar as pedras da pedreira e as levar para a cidade por um dos portões do muro norte. Como a pedreira está debaixo da cidade, seria muito mais fácil retirar as pedras diretamente da pedreira. Um simples buraco no teto da caverna poderia iluminar consideravelmente a carga dos trabalhadores.

Wyatt começou a examinar os pilares de pedra que os trabalhadores tinham deixado para apoiar o teto da caverna. Um dos pilares se parecia um grande monte de terra e escombros empilhado tão alto que atravessava um buraco no teto. Isto o fez pensar que talvez existira uma abertura no teto da pedreira. Assim, a Arca poderia ter sido transportada para baixo por este buraco, e então passada por um túnel, e finalmente trazida para a câmara onde agora está.

Um dos túneis da caverna:



Uma experiência especial

Wyatt decidiu que a única opção era fazer uma entrada maior para a câmara, cavando um poço diretamente acima dela, diretamente abaixo da rocha. Havia um risco do poço se desmoronar podendo destruir os objetos na caverna. Também seria um grande projeto que requereria muito trabalho. Após várias escavações ele iria escavar aproximadamente 3 metros de rocha calcária, mas o fim estava longe. Quase dez anos tinham se passado desde que ele achou a Arca, e a sua frustração cresceu por causa dos enormes esforços que tinha passado, tudo parecendo infrutífero até o momento.

Um ou dois meses antes de voltar a Jerusalém para trabalhar no poço, Wyatt realizou uma reunião em uma igreja na Carolina do Norte. Ele apresentou vídeos e os espectadores fizeram-lhe perguntas. Durante esse período de questionamento, um indivíduo perguntou-lhe quando planejava estar em Israel. Quando Wyatt e seu assistente chegaram mais tarde ao hotel em Jerusalém, aquele mesmo homem estava sentado, esperando por ele. Aparentemente acreditou que era algum tipo de profeta, e lhe ofereceu ajuda no projeto. Mas Wyatt esteve ali há tanto tempo que era impossível continuar com seu trabalho. Ele perdeu toda a esperança e sentiu todo o projeto abandonado. Ele acreditava que a sua viagem em vão significava que era a hora de “sair do emprego”. Ele sabia que Deus não precisava particularmente dele para completar o trabalho.

Foi então que Wyatt teve uma experiência que o marcou a sua vida. Ele estava se sentando próximo aos nichos e dos buracos das cruzes que haviam encontrado no princípio das escavações. O tal homem tinha terminado a difícil tarefa que Wyatt havia lhe dado e estava sentado há alguns poucos metros, almoçando debaixo da sombra de um grande arbusto. O nível de chão onde eles estavam sentados era muitos metros abaixo do que a área ao redor. De repente Wyatt ouviu uma voz atrás dele dizendo, “Deus o abençoe no que está fazendo aqui”. Wyatt virou-se. No topo de uma escadaria, estava um homem alto de pé, esbelto de cabelo escuro. Ele estava usando um longo roupão branco e um turbante (ou mitra) na cabeça semelhante ao usado em tempos bíblicos. Wyatt não tinha contado para ninguém o que estava fazendo e desejou saber quem era aquela pessoa. Achou-lhe estranho por saber tudo sobre ele e o que estava fazendo. Wyatt tentou descobrir quem era aquele estranho e tentou conversar educadamente: “Você é desta região?” , perguntou. “Não” , era a simples resposta seguida de um silêncio. “Você é um turista?” , perguntou-lhe Wyatt. “Não” , silenciando-se novamente. Wyatt não sabia mais o que poderia dizer, então apenas sentou-se e observou-lhe sua amável face. Então o homem lhe disse: “Estou no caminho da África do Sul para a Nova Jerusalém” e repetiu as suas primeiras palavras:“Deus o abençoe no que está fazendo aqui”. Então se virou e foi embora.

Por estar sentado debaixo do arbusto, o ajudante “não convidado” de Wyatt não tinha visto o homem vestido de branco, mas tinha escutado toda a conversa. Ele perguntou: “Você acha que falamos com um anjo?” (Hebreus 13.2). “Talvez” respondeu, porque deixou-lhe a impressão que pudesse ter sido até o próprio Jesus Cristo…

Só há uma entrada no Jardim da Tumba, e todo mundo tem que passar por ela para entrar no complexo. Wyatt perguntou ao pessoal do local se tinham visto o tal homem de branco e eles responderam que ninguém vestido daquele jeito havia entrado ou deixado o Jardim da Tumba. Ninguém o tinha visto. Esta experiência o fortaleceu e o encorajou para que continuasse, não importando a difícil situação em que se encontrava.


A quarta visita a câmara

Wyatt tinha tentado várias vezes tirar fotos nítidas da Arca com máquinas fotográficas e uma câmera de vídeo, mas em todas as imagens ficaram desfocadas, lhe causando muita frustração. Em sua quarta visita na câmara Wyatt levou consigo uma câmera de vídeo e um tripé, esperando finalmente gravar um filme nítido da Arca.

Depois de passar pela mesma entrada que sempre usou para ir até a câmara, notou imediatamente que algo estava diferente. As pedras que tampavam a caverna não estavam mais lá. Uma luz brilhou na câmara, mas não podia entender como. Ele então viu que a câmara havia sido completamente limpa e todas as pedras retiradas. Uma tarefa que ele sabia que teria de ser feita mas levaria muito tempo, e agora o trabalho estava feito! A câmara estava totalmente limpa, e a Arca da Aliança tinha sido retirada da caixa de pedra. Ele ficou subjugado pelo que viu. A Arca estava contra uma parede da câmara, debaixo da rachadura do teto causada por um terremoto, por onde o sangue de Jesus tinha fluído até cair sobre o propiciatório. As outras mobílias do Templo estavam em suas posições corretas em relação à Arca. O restante dos objetos foi posto ao longo de uma das paredes. As imagens mostram como é a Arca e o local do propiciatório onde foi derramado o sangue.

Vista frontal
Vista frontal
Embora Wyatt não conseguia descrever exatamente assim mas a parede atrás da Arca parecia cristal e radiava as cores do arco-íris. Enquanto estava olhando para aquilo, ele percebeu de repente que não estava só. Ele pode perceber a presença de anjos. Havia quatro homens jovens na caverna, que não se assemelhavam a forma popular de se representar anjos (com vestido branco e asas). Estavam vestidos normalmente. Wyatt ficou parado durante vários minutos, não se movendo ou falando. Ele queria saber o que estavam fazendo lá e por que estavam lá, mas se achou incapaz de falar.

Um dos anjos deu um passo para a frente e começou a falar com ele. Disse-lhe que são os 4 anjos designados para vigiar a Arca desde a sua construção, no Sinai. Ele se aproximou da Arca e as Tábuas de Pedra foram retiradas dela, e o anjo as colocou em um nicho na parede, e começou a lhe informar sobre vários assuntos importantes. As Tábuas de Pedra só iriam ser postas em exibição ao público depois que uma lei fosse aprovada em todo o mundo. Uma lei que forçaria o mundo a receber “a marca da besta”.

Wyatt montou a câmera de vídeo e começou a filmar antes que ele retirasse as Tábuas de Pedra da Arca da Aliança. Ele pegou a máquina fotográfica e a fita de vídeo e saiu da caverna pela sua entrada original. Seguindo o túnel, descobriu a saída do sistema de caverna para a rua. Ele foi para o quarto do hotel e conferiu a filmagem. A Arca, os anjos e as Tábuas de Pedra estavam perfeitamente visíveis e ficou muito satisfeito por tudo estar tão nítido. Mas a sua alegria mudou de repente ao lembrar do que o anjo havia-lhe dito. Isso não ia ser mostrado antes que a lei da “marca da besta” fosse aprovada. Ele sabia a natureza da lei à que estava se referindo, e sabia o significado das palavras do anjo. O que ele iria fazer com a fita até aquele tempo? Onde estaria segura?

Wyatt, não sabendo o que fazer, decidiu voltar à câmara e perguntar ao anjo o que ele deveria fazer com a fita de vídeo. Ao entrar na câmara o anjo com quem havia falado lhe perguntou o que queria. Wyatt lhe falou que não tinha um lugar suficientemente seguro para guardar a fita. O anjo pegou a fita da sua mão e colocou-a próxima das Tábuas de Pedra que estavam no nicho.

Nos fins da década de 90, Wyatt estava se aproximando dos 70 anos. Ele estava cansado devido as pressões de trabalho e também lutava contra um certo tipo de câncer. Ainda assim persistiu, trabalhando pesado, fazendo tudo o que pôde para ajudar as pessoas a espalhar a mensagem que estas descobertas tinha para o mundo, e a mensagem do Cristo vivo. No dia 4 de agosto de 1999, Ronald Wyatt morreu de câncer em Tennessee, EUA.


O exame de sangue

Wyatt conta a história novamente para um pequeno público dentro da Caverna de Zedequias, “Depois de ter estado lá [a caverna com a Arca da Aliança] três vezes, na quarta vez em que entrei, havia quatro homens jovens que se levantaram, que se os tivesse visto na rua não teria notado nenhuma diferença entre eles e qualquer outra pessoa. Um deles disse, “Nós somos os anjos que foram designados à Arca da Aliança, e lhe contaremos o que Deus quer que seja feito com isto, e lhe ajudaremos a fazer o que Ele quer que seja feito com isto.” Eles queriam que levasse uma amostra do sangue para ser analisado. Tudo que tinha comigo eram um cartucho de filme (recipiente de filme de máquina fotográfica) e uma aba de puxar (tampa superior) de uma lata de Coca-Cola. Então peguei aquela aba, deformei-a para fazer uma pequena concha e coloquei o sangue seco sobre ¾ dela. Nós o levamos para ser analisado. Colocamos uma quantia do sangue seco em uma solução normal de sal na temperatura do corpo (36°C), e a misturamos suavemente durante 72 horas. E esta foi parte das instruções que recebi do anjo. Quando guardamos a cultura durante outras 72 horas e a visualizamos em um microscópio, as células brancas estavam se dividindo.

Nós obtivemos uma contagem de cromossomos. Havia 24 cromossomos. 23 Cristo recebeu de Maria. Ele recebeu um que era o determinante de sexo, ou o Y do seu Pai divino para um total de 24. Todos nós temos 46. Nós recebemos 23 de nossa mãe e 23 de nosso pai. Agora estes ainda estão vivos após quase 2000 anos. As pessoas que fizeram o teste pensaram que eu tinha passado a perna neles. Nunca em suas vidas haviam visto um sangue seco que ainda estava vivo. Há um texto na Bíblia que fala sobre Cristo. Está em Salmos (16.10) diz: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”. Então após quase 2000 anos, o sangue de Cristo estava muito vivo, e ainda está. Assim o Espírito, o sangue e a água estão testemunhando na Terra. (I João 5.6-8)” (Ronald Wyatt, Zedekiah’s Cave, novembro de 1996).

A cultura foi levada para um laboratório israelense que descobriu a existência de apenas 24 cromossomos. Nesta palestra, Wyatt responde a uma pergunta sobre este caso.

Contagem dos cromossomos: 24 de Jesus e 46 do homem normal:


Diante deste fato surge a pergunta: Como era o sangue de Adão, filho de Deus, já que não teve uma mãe? Teria também 24 cromossomos?


A mensagem que ninguém tinha ouvido

A história de Ronald Wyatt chamou muita a atenção como também uma violenta discussão. Um homem simples estava contando ao mundo uma história incrível que ninguém havia ouvido antes. Para alguns era uma história fantástica onde o mundo espiritual é descrito como acreditável e real. Wyatt estava afirmando que a Bíblia, o livro mais lido no mundo, era a verdade histórica, mas afirma também que o Homem que nasceu neste mundo aproximadamente há 2000 anos atrás, realmente era o Messias que os judeus haviam esperado, mas rejeitaram. Não só isso, mas está afirmando que Ele foi o Único por quem Deus criou este mundo. A descoberta de Wyatt até hoje incita incredulidade, até mesmo no mundo cristão, e cria mal-estar dentro da comunidade judaica. Até o momento esta mensagem não é reservada para as comunidades religiosas. De fato faz um efeito enorme em todo o mundo, por isso fazem a pergunta, “A Bíblia é realmente verdadeira?”.

A história de Ronald Wyatt não falta credibilidade pois várias pessoas estavam com ele quando estava cavando, e podem testemunhá-la. Em um certo momento havia aproximadamente 15 pessoas diferentes que ajudaram limpando túneis. Havia o pequeno árabe que entrou primeiro na caverna e foi tomado por um medo indescritível, simplesmente saindo da câmara. O romã, o primeiro artefato descoberto do primeiro templo, que hoje encontra-se seguro em um pequeno gabinete de vidro no Museu Israelita, como uma testemunha visível. O exame do sangue da câmara tem chocado os investigadores profissionais ao redor do mundo, e ninguém pode negar muitas das coisas que testemunham para o fato da história de Ronald Wyatt ser verdade. Porém, para alguns a história continua tão inacreditável porque eles não viram a Arca ou o sangue. Assim eles preferem duvidar. Wyatt disse, um dia o mundo verá a evidência com seus próprios olhos, mas se não quiserem acreditar então há pouco o que fazer para os convencer. O mundo está pronto para acreditar que fora de fato criado e que nós não evoluímos de macacos ou répteis?


O Estatuto Perpétuo

“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” Hebreus 9.22

A necessidade do sangue ter caído no propiciatório está no Estatuto Perpétuo do “Dia da Expiação” determinado por Deus (Levítico 16). No 10° dia do 7° mês (mês de Etanim, correspondente ao período atual de Setembro-Outubro), o sacerdote atravessava o véu do santuário usando roupa e túnica de linho. Então aspergia no propiciatório sobre a Arca, o sangue de um novilho por seus pecados e pelos da sua família, e o sangue de um bode pelos pecados do povo de Israel. Os estrangeiros (Gentios) e o povo não podiam trabalhar nesse dia.

No dia da crucificação, Jesus usava a sua própria roupa e uma túnica (Mateus 27.31-35, Marcos 15.20, João 19.23) que foi trocada pela coroa de espinhos. Para morrer pelos pecados dos Gentios, bastava o derramamento de sangue na cruz, mas era necessário também que morresse pelos pecados do sacerdote (o próprio Jesus, o verdadeiro sacerdote) e do povo de Israel, assim anularia a antiga aliança. Isso só poderia ser feito atravessando o véu, que era a sua própria carne (Mateus 27.51, Marcos 15.38, Lucas 23.45 e Hebreus 10.20 ) e aspergindo o seu próprio sangue no propiciatório. Por isso afirmou que destruiria o santuário e o reedificaria em três dias (Mateus 26.61, Marcos 14.58 e João 2.19-21), anulando os estatutos antigos.

 O “Dia da Expiação” não era respeitado desde a invasão dos babilônios. Isso porque a Arca foi removida do templo antes deste ser incendiado, e os sacerdotes foram levados para a Babilônia. Não a vendo mais, naturalmente creram na sua destruição no incêndio. Quando retornaram do exílio, os sacerdotes voltaram a respeitar as festas, fazendo sacrifícios e holocaustos no 7° mês (Esdras 3.1-7 e Neemias 8). Porém, já não havia mais a Arca.

O sangue derramado confirma dois Estatutos Perpétuos – do Dia da Páscoa e do Dia da Expiação:

- O sacrifício do cordeiro –  Na Páscoa (1° dia do ano), tinha que ser no final da tarde (Êxodo 12.6 e Levítico 16.5-6). Podia ser também para os Gentios (Números 9.14), confirmado em Gálatas 3.13-14, Isaías 53.4-7, João 1.29 e I Pedro 1.19;
– O sacrifício do novilho –  Somente pelos pecados do sacerdote e da sua família (Levítico 16.14), ou seja, o próprio Jesus como maldição na cruz;
–  O sacrifício do bode – Somente pelos pecados do povo de Israel (Levítico 16.15).

Fonte: www.danielmastral.com.br

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