Ibrahim Al Kandari |
Um pregador islâmico do Kuwait apelou para a destruição da Esfinge e das pirâmides do Egito, afirmando que é a hora dos muçulmanos eliminarem a herança dos faraós. A conclamação é destinada aos jihadistas do Estado Islâmico para que seus ataques sejam destinados contra locais históricos.
Embora os monumentos antigos não sejam religiosos - mas sim da cultura e história locais - ainda assim devem ser "destruídos" pelos muçulmanos, pondo um fim à adoração de imagens, disse o pregador Ibrahim Al Kandari, de acordo com o jornal Al-Watan.
"O fato de que os primeiros muçulmanos que estavam entre os seguidores do profeta Maomé não destruírem os monumentos dos faraós ao entrar no solo egípcio, não significa que não devemos fazê-lo agora", disse Al Kandari.
Abu Bakr al-Baghdadi |
Outro clamor para a destruição dos principais símbolos do Egito vem do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, que sugeriu que a demolição dos monumentos históricos é um "dever religioso", informou o canal de Notícias Al Alam, no domingo. Nas interpretações extremas do Islã, objetos materiais não devem ser idolatrados ou adorados.
Essa declaração vem em meio a preocupações crescentes sobre a segurança de muitos outros monumentos históricos e arquitetônicos da região, onde os militantes continuam a destruir cidades e artefatos antigos.
Só na semana passada, o Estado Islâmico supostamente destruiu e saqueou a antiga cidade assíria de Dur Sharrukin no norte do Iraque, demoliu as ruínas da antiga cidade de Hatra, e arrasou a cidade de Nimrud, perto de Mosul. O assalto ao último já foi comparado por arqueólogos parecida à destruição dos Budas de Bamiyan pelo Taliban, em 2001.
Em 2012, um clérigo egípcio também emitiu uma fátua, conclamando livrar o país de suas pirâmides e da Esfinge. O membro do movimento salafista radical disse que queria as antiguidades demolidas, assim como o profeta Maomé destruiu os ídolos em Meca, e exigiu que o Ministério do Turismo do Egito fosse abolido, comparando a indústria a "prostituição e libertinagem."
O decreto religioso foi denunciado por funcionários e estudiosos do Egito, que afirmaram que o local era parte da herança cultural do país - não religioso.
Os ataques à Esfinge datam de séculos atrás. Apesar de muitas lendas em torno do nariz ausente do monumento - o canhão de Napoleão está entre os mitos mais populares - os historiadores acreditam que ele realmente foi destruído pelo muçulmano Sufi Muhammad Sa'im al-Dahr no século 14, depois que ele soube que alguns camponeses adoravam a Esfinge.
Fonte: anovaordemmundial.com
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