
Após essa primeira descoberta, vários artefatos semelhantes, datados de cerca de 200 A.C. foram desenterradas no Iraque. Apesar da maioria dos arqueólogos concordarem tratar-se de baterias, há muitas controvérsias de como elas tenham sido concebidas e para quais propósitos foram construídas. Para produzir corrente eléctrica, são necessários dois metais com diferentes potenciais eléctricos, imersos em uma solução electrolítica para permitir a mobilidade de electrões entre os metais. Foram construídas réplicas usando o mesmo esquema, isto é, jarros de barro, um cilindro de cobre envolvendo uma barra de ferro, imersos em vinagre, vinho ou sumo de frutas cítricas. O resultado foi a produção de corrente eléctrica de até 2 volts. Teoricamente, ligadas em série, essas baterias poderiam gerar correntes de voltagem mais alta. Toda essa situação é bastante incômoda diante das perguntas:
Como uma bateria pode ter sido construída, 1800 anos antes de sua invenção por Alexandre Volta, em 1779?
· Como obtiveram esse conhecimento?
· Para que as fabricavam?
· Teriam conhecimento teórico dos princípios da eletricidade ou teriam fabricado as baterias devido a descoberta acidental, sem prévio conhecimento teórico?
Especula-se que tenham sido utilizadas com propósitos medicinais, como anestésicos, embora dispusessem de outros meios para o alívio da dor. Outra corrente defende o uso das baterias na cobertura de peças com finíssimas camadas de metais preciosos como prata e ouro. Isso explicaria o facto, também estranho, de se ter encontrado peças antigas, revestidas de prata ou ouro com indícios da aplicação dessa técnica, chamada de electrólise. Existem até aqueles que defendem o uso de tais baterias como meio de produzir efeitos mágicos nos rituais religiosos para impressionar e mistificar os leigos, explicação essa por demais simplória. Qualquer que seja o caso, os artefatos existem e parece haver concordância entre os investigadores de que sejam realmente baterias.
Discrepâncias
A idade das baterias também é discutida, já que o estilo dos vasos pertenceria a um período posterior — entre 225 e 640 d.C. —, tornando os objetos muito mais “jovens” do que o apontado por Konig. No entanto, a maior discussão mesmo fica por conta da utilidade dos misteriosos objetos, pois simplesmente não existe qualquer registro histórico que se refira a eles. Teriam os persas antigos algum conhecimento sobre os princípios da eletricidade?
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