segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A Misteriosa Tragédia do PASSO DYATLOV

Um acontecimento terrível que até os dias de hoje deixa uma lacuna de dúvidas e incertezas. O que houve realmente naquela noite? Possivelmente as autoridades Russas saibam e, por algum motivo obscuro, nunca divulgaram.


Em 25 de janeiro de 1959, dez esquiadores experientes da antiga União Soviética se reuniram ao norte das montanhas do Ural para participar de uma expedição de 14 dias que prometia ser divertida ao esquiar pelos montes através de uma rota conhecida ao norte das Urais, em Oblast de Sverdlovsk. Liderado por Igor Dyatlov, consistia de oito homens e duas mulheres, a maioria estudantes ou graduados do Instituto Politécnico de Ural (atualmente Universidade Técnica Estadual de Ural).

O objetivo da expedição era alcançar Otorten, uma montanha situada 10 quilômetros ao norte do local do incidente. Esta rota, naquela temporada, era classificada como “categoria III”, a mais difícil. Todos os integrantes possuíam experiência em excursões de esqui e expedições em montanhas.

O grupo viajou de trem para Ivdel, cidade ao centro da província de Oblast de Sverdlovsk, desembarcando ali em 25 de janeiro. Eles então tomaram um caminhão para Vizhai, o último assentamento inabitado ao norte, começando a marcha em direção a Otorten em 27 de janeiro. No dia seguinte, um dos integrantes, Yuri Yudin, foi forçado a voltar devido a problemas de saúde.

Diários e câmeras encontrados em seu último acampamento tornaram possível rastrear a derradeira rota do grupo no dia anterior ao incidente. Em 31 de janeiro, eles chegaram na beira de um morro e prepararam-se para escalá-lo. Em um vale silvestre, eles estocaram comida e equipamento extra, que seriam utilizados mais tarde na viagem de volta. No dia seguinte, 1 de fevereiro, os esquiadores começaram a descer o passo. Ao que parece eles planejavam atravessar o local e acampar do outro lado durante a noite seguinte, mas devido à piora nas condições meteorológicas, com tempestades de neve e declínio de visibilidade, o grupo acabou se perdendo e seguindo para oeste, subindo em direção ao topo do Kholat Syakhl. Quando perceberam o equívoco, eles decidiram parar e montar acampamento no declive da montanha.


O Grupo Desaparecido


– Igor Dyatlov (23 años) Líder da Equipe
– Yuri Yudin Único Sobrevivente
– Yuri Doroshenko (21)
– Zinaida Kolmogorova (22)
– Lyudmila Dubinina (21)
– Alexander Kolevatov (25)
– Alexander Zolotariov (37)
– Rustem Slobodin (23)
– Georgyi Krivonischenko (24)
– Nicolay Thibeaux-Brignollel (24)


O Único Sobrevivente


 No povoado Vizhai que Yuri Yudin, o único sobrevivente, adoeceu de repente e teve que abandonar a expedição. Uma velha lesão nas costas o impediu de continuar. Naquele momento ele sentiu inveja pelos seus companheiros e o resto da vida sentiu a angústia de não saber o que havia acontecido com eles.

Estas fotos foram as últimas que tiraram com o acampamento montado e mostram todos alegres e se divertindo.




A Expedição

O objetivo da expedição era alcançar o topo da montanha, considerado um desafio difícil, porém todos os integrantes do grupo possuíam experiência em escaladas. Com a ajuda das anotações de viagem, foi possível, identificar a rota do grupo até o dia da tragédia. No dia 1o. de fevereiro, o tempo na montanha piorou, os esquiadores se perderam – provavelmente se separam – e resolveram montar acampamento.


A partir dali, provavelmente, começou uma sequência de horrores causada por algo desconhecido. Sem sinal dos esquiadores, as buscas tiveram início no dia 20 de fevereiro. Seis dias depois, foram encontrados os primeiros corpos. Eles estavam apenas com roupas íntimas, indicando que os esquiadores estavam dormindo e tentaram fugir de alguma coisa ameaçadora. Estima-se que naquela noite a temperatura deveria estar em torno de -25 C e -30 C graus.

Pelo estado da barraca algo ou alguma coisa aterradora assustou os alpinistas profundamente, como se estivessem fugindo de algo.

As surpresas não acabam aqui. Ao examinar a barraca, eles verificam que estava feita em pedaços. Foram os próprios garotos que em uma tentativa desesperada de fugir de algo, rasgaram a barraca.

A barraca segue sendo o maior mistério sem solução do caso e a que menos provas úteis proporciona. Ao localizá-la, todos tinham a esperança de encontrar a equipe com vida, no entanto, o seu interior não foi investigado como deveria. Não foram feitas fotografias, foram separados os objetos pessoais para entregá-los aos familiares, o diário do grupo apareceu, mas desapareceu o de Zolotariov. Foram encontrados vários rolos de filmes sem revelar. Não foi feito um inventário preciso.

Posterior análise chegou a uma conclusão surpreendente: os cortes não haviam sido feitos pelo lado de fora, mas sim a partir de dentro da barraca!

Próximo dali, entre 300 e 630 metros, foram encontrados, outros três corpos. Pela maneira que estavam dispostos, a hipótese é de que estivessem tentando voltar às barracas. Os outros quatro esquiadores só foram encontrados mais de dois meses depois, no dia 4 de maio, sob quatro metros de neve.


O que aconteceu?

Mais tarde, uma investigação constatou que ao menos quatro dos esquiadores receberam ferimentos fatais – dois no crânio e dois no tórax. Um dos corpos estava sem a língua. O que espantou os investigadores foi a força usada nestes ferimentos, praticamente impossível para um ser humano. Os corpos não tinham machucados externos e pareciam ter sido submetidos a uma grande pressão. Para adicionar mais mistério à história, também foi encontrado um alto índice de radiação nas roupas dos esquiadores.

De início, suspeitou-se que as mortes tivessem sido causadas pelo povo indígena Mansi, porém não havia qualquer tipo de pegadas ali, a não ser as dos esquiadores. Nos ano 90, pessoas envolvidas na investigação revelaram que houve relatos naquela época de que “esferas voadoras brilhantes” foram avistadas na área, mas nada pode ser comprovado – anos mais tarde, foi divulgado que as luzes foram causadas por testes de mísseis balísticos R-7. Sem ter como resolver o caso, a investigação final apontou que o grupo morreu vítima de “força desconhecida” e o caso foi arquivado. O incidente só veio à tona na década de 1990.

Igor Dyatlov combinou que enviaria uma mensagem telegráfica para seu clube esportivo assim que o grupo retornasse a Vizhai. Estimava-se que isso ocorreria por volta de 12 de fevereiro, mas mesmo com o passar da data não houve reação, pois atrasos eram comuns em expedições desse tipo. Em 20 de fevereiro, depois que familiares dos viajantes exigiram uma operação de resgate, os administradores do instituto enviaram as primeiras equipes de busca, formadas por alunos e professores voluntários. Posteriormente, o exército e forças policiais foram envolvidas, com aviões e helicópteros requisitados a juntar-se à operação.


Os Primeiros Corpos analisados por médicos forenses

Próximo  a uma árvore, encontram os dois primeiros corpos, Krivonischenko e Doroshenko, os dois de pés descalços e em roupa interior, apesar do frio que fazia naquela noite. Os dois estavam cobertos por ramos de árvores caídos cheios de neve.



Krivonischenko

É o mais próximo da fotografia e se encontra de barriga para cima, com os braços na altura da cabeça, sinal de que teria sido arrastado. Foi identificado pela sua altura, 1,80 m. Era o mais forte dos nove e casualmente um dos primeiros a morrer. Saiu da barraca em boas condições, porque as impressões de uma pessoa alta que caminhava com passo firme se distingue claramente. Vestido com uma calça de lã, calças curtas sobre essas, uma camisa de manga curta, uma camisa de manga longa e colete. Nos pés um par de meias de lã. Sem calçados. Nas calças foram encontradas restos de lágrimas e a meia do pé esquerdo estava parcialmente queimada.

Sobre as lesões que apresentavam o corpo: Presença de sangue na boca, nariz e ouvidos. Danos no braço direito na altura do ombro: Hematoma de 2 centímetro na axila, abrasões de 2 a 1,5 cm (Isto quer dizer que cobre uma superfície de 2 x 1,5 cm de área, dentro da qual estão os danos) na parte interna do ombro não há sangramentos, mas haviam dois cortes na pele.


  • Marcas de golpes acimas do antebraço direito (sob o cotovelo) de coloração marrom-avermelhada entre 4 a 5 cm.
  • A pele dos dedos de ambas as mãos estavam arrancadas e estas apareceram no tronco da árvore sob a qual foram encontrados os corpos.
  • Machucados em ambas as pernas (abaixo dos joelhos).
  • Marcas de congelamento no rosto e orelhas (que em volta, a pele tem um tom marrom escuro-negro)

  • Na bochecha direita, havia a descarga de líquidos cinzentos espumosos procedentes da boca. Este líquido costuma aparecer em caso de compressão do tórax.
  • A conclusão é que as feridas foram produzidas ao cair da árvore, ao arrancar ramos utilizando o peso do corpo ou tentando se manter sobre os galhos.

Quando o forense investiga o tronco, ele viu que estava coberto com pedaços de carne e pele humana. Os cadáveres tinham mãos dilaceradas, então presume-se que eles tentaram subir na árvore desesperados, e os galhos cederam com o seu peso. Não havia nenhum sinal de qualquer animal, mas alguma coisa tinha que aterrorizá-los de tal forma para fazê-los correr para fora da barraca sem se vestirem e tentarem subir numa árvore dilacerando as mãos.


Igor Dyatlov

Perto do local, cerca de 270 metros em direção a barraca, encontraram o terceiro cadáver, o do líder do grupo, Igor Dyatlov. O encontro não é menos surpreendente. Ele estava deitado virado para cima com a cabeça na direção da barraca e em uma mão segurava um raminho e com o outro braço cobria o rosto, protegendo-se.

Cabeça nua. Abrigo de pele com bolsos desabotoados. Camisa de manga longa, camiseta não muito grossa. Calças, calças de esqui. Sem calçado. Meias de algodão em ambos os pés, meia de lã só no pé direito. Nos bolsos, tinha um canivete pequeno e uma fotografia de Zinaida Kolmogorova. Seu relógio parou às 05:31. A camisa de manga longa era de Yuri Yudin, este a identificou posteriormente e explicou que a havia emprestado a Doroshenko. Tudo indica que as peças de roupas dos dois primeiros a morrerem, foram repartidas entre seus colegas, ou que entre eles trocaram as roupas.

Lesões: Abrasões na testa de cor marrom-avermelhada. Escoriações em ambas bochechas de cor marrom-avermelhada sangue seco nos lábios, perda antiga de um incisivo na mandíbula inferior.

Na parte inferior do antebraço e na superfície da palma da mão (não indicam qual das duas, suponho que a direita) haviam muitos arranhões pequenos de cor vermelha escura. Contusão nas articulações metacarpofalangicas da mão direita de cor marrom-avermelhada (isto é, a zona do punho com a qual se bate com a mão fechada). Contusões na mão esquerda de cor marrom-avermelhada. Feridas superficiais no segundo e no quinto dedo de dita mão.

Forte golpe nos joelhos sem sangramento. Hematomas na parte inferior da perna direita (acima do tornozelo). Abrasões em ambos tornozelos de cor vermelha brilhante com hemorragia subjacente.


Rustem Slobodin

Pouco mais de 180 metros a frente em direção a barraca, encontram o cadáver de Rustem meio coberto de neve com o rosto no chão e com uma fratura de 17 centímetros na cabeça.

Levava uma camisa de manga longa, outra camisa, uma camiseta, calças em cima de outras calças, quatro pares de meias e uma bota no pé direito. Nos bolsos levava uma faca, uma caixa de fósforos, um pente, seu passaporte, 310 rublos e um lápis. Seu relógio estava parado, marcando 08:45.

Lesões: Abrasões na testa de cor avermelhada, hematoma de cor marrom-avermelhada na pálpebra do olho direito com hemorragia subjacente. Restos de sangue no nariz. Lábios inflamados, inchaço e abrasões irregulares na metade direita do rosto. Abrasões no lado esquerdo do rosto.

Epiderme rachada em todo o antebraço direito. Hematomas na zona metacarpofalangica de ambas as mãos. Machucaduras de cor marrom-avermelhada na face média do braço esquerdo e na palma da mão esquerda.

Contusões na tíbia esquerda.

A cabeça apresentava uma fratura no osso frontal e nos músculos temporais de ambos lados do rosto.
O forense não explica a natureza das lesões, mas é como se ele tivesse ido se ferindo sucessivamente com tudo o que encontrasse no caminho.

Era o único corpo que mantinha algo de calor corporal no momento de cair ao solo, já que a neve sob a sua cabeça havia derretido e se transformando posteriormente em gelo (a ferida na cabeça ajudou). Seu cadáver estava completamente coberto pela neve.


Zinaida Kolmogorova

Nas proximidades existem vestígios de sangue, ao segui-los eles acham Zinaida, a que mais se aproximou da barraca depois de ter fugido. Não foi possível comprovar se o sangue era seu, mas não parecia ser dela.

Seu cadáver foi encontrado semi-enterrado. Estava melhor vestida, levava dois gorros, camisa de manga longa, camiseta, outra camisa sobre a camiseta e outra camiseta em cima com as mangas rasgadas. Calças esportivas, calças de algodão, calças de esqui com três pequenos buracos na parte inferior. Três pares de meias. Sem calçado. Levava uma máscara militar, sem a indicação de que tipo.

Tinha um hematoma de 29 cm de comprimento por 6 de largura que rodeava o lado direito na região da cintura.

Congelamento nas falanges dos dedos, contusões nas mãos e nas palmas. Meninges inflamadas (sinal de hipotermia).


Lyudmila Dubinina

Levava roupa interior, uma camisa de manga curta, uma camisa de manga longa, duas jaquetas, dois pares de calças, meias longas, outro par de meias danificadas pelo fogo e uma meia sem par. Tinha cortado em tiras uma camiseta, levando uma parte enrolada no pé esquerdo e a outra havia se desprendido. Foi encontrada entre a neve. Levava a calça e a camiseta de Krivonishenko, em que foi encontrado uns níveis baixos de radiação.

Danos corporais: A língua não foi encontrada, faltava o nervo hipoglosso bem como os músculos do céu da boca. Não indicam se foi arrancada ou não, simplesmente que não está. Os tecidos macios ao redor dos olhos, os olhos e as sobrancelhas desapareceram, assim como a pele da área temporal esquerda e o osso encontrava-se parcialmente exposto.

As cartilagens nasais foram rompidas. Faltavam os tecidos macios do lábio superior, no qual, os dentes e o osso da mandíbula superior estavam expostos

Lesões nas costelas. No lado direito estavam quebradas as costelas 2, 3, 4 e 5 seguindo duas linhas de fraturas visíveis. No lado esquerdo: foram quebradas as costelas 2, 3, 4, 5, 6 e 7, seguindo também duas linhas de fraturas visíveis.

Hemorragia em massa na aurícula direita do coração. Foi encontrado 100 gramas de sangue coagulado no estômago. Hematoma na coxa esquerda, com o tamanho de 10 ,5 cm.
Tecidos danificados ao redor do osso temporal esquerdo, com tamanho de 4, 4 cm.


Alexander Zolotariov

Os olhos desapareceram. Faltavam os tecidos macios ao redor da sobrancelha do olho esquerdo, em uma superfície de 7, 6 cm, o osso está exposto. Teve as costelas quebradas 2, 3, 4, 5 e 6 do lado direito, seguindo duas linhas de fraturas visíveis. Ferida aberta no lado direito com o osso exposto de 8 a 6 cm de tamanho.

Tanto Zolotariov como Dubinina tiveram um mesmo padrão de lesões. São muito similares no ângulo e na força exercida, apesar de que tanto a altura e a compleição corporal dos dois é muito diferente. O que lhes causou estas lesões não foi um evento único e uniforme, mas sim, produziu danos similares em duas pessoas diferentes. Seria como comprovar quanta força seria preciso exercer para quebrar as costelas de uma mulher forte de 20 anos e de um homem atlético de 37, a potência da força exercida é diferente, mas o resultado é o mesmo.

Sob a roupa foi encontrada a seguinte tatuagem: Г + С + П = Д (não foi especificado em que parte do corpo) O último símbolo depois do igual, significa ‘amizade’, os três primeiros são as iniciais dos amigos, era uma tatuagem muito comum entre os soldados soviéticos que serviram muito tempo juntos. Entre as letras não há nenhum A, pelo qual o nome com que se apresentou ao grupo, Alexander, realmente não era o seu nome, mas sim, Cemen. Também encontraram uma frase militar e seu ano de nascimento, 1921.


Nicolay Thibeaux-Brignollel

Apresentava múltiplas fraturas no osso temporal direito, com ampliações nos ossos frontais e esfenoides, seguindo um padrão ovalado. Segundo uma das hipóteses, seguindo a teoria da avalanche, ele estaria dormindo próximo de sua câmera fotográfica e ao cair a neve sobre eles, sua cabeça teria batido contra o objeto. Dentro da barraca não havia nenhuma câmera quebrada nem manchada de sangue e o padrão das impressões não mostra o arraste de uma pessoa inconsciente na fuga para o bosque, quando esta ferida provocou uma hemorragia cerebral que o deixou em um estado muito similar ao coma. O forense, Vozrojdenniy, não estava de acordo, porque a ferida e o afundamento do crânio não mostravam um círculo perfeito, mas sim, irregular, mais parecendo ao de uma pedra, mas também descarta a queda acidental sobre uma pedra.

Se poderia saber mais sobre o impacto caso se pudesse observar a retina, desprendida ou não, mas lamentavelmente, os globos oculares haviam desaparecido.

Também apresentava um hematoma no lado esquerdo do lábio superior e uma hemorragia na parte baixa do antebraço, com o tamanho 10 a 12 cm.


Alexandre Kolevatov

Ausência dos tecidos macios ao redor dos olhos e dos globos oculares, as sobrancelhas desapareceram e os ossos do crânio estavam expostos. Os danos no rosto que sofreram os quatro cadáveres têm uma explicação simples, a carne, primeiro congelada e depois molhada durante o degelo, pode se separar com muita facilidade do crânio.

Tinha uma fratura no nariz, uma ferida aberta por trás da orelha, com o tamanho de 3 cm e o pescoço deformado (não é detalhado que tipo de deformidade).


As Teorias.

Muitas perguntas foram levantadas:

– O que pode aterrorizar um grupo de nove pessoas, acostumados a acampar em locais extremos e com grande força física? Eles não eram colegiais acampando com medo do escuro.
– Por que Ludmila foi encontrada sem a língua?
– Os ferimentos foram tão intensos que nenhum ser humano seria capaz de fazer. Quem fez?
– Eles estavam a -20ºC – O que os fez fugir da barraca cortando de dentro para fora?
– A última foto tirada pelos estudante mostra o que? O que é aquela luz?

Logo circularam várias hipóteses, desde as mais assustadoras que parecem ser as mais razoáveis.
O caso teve muita publicidade por se tratar de nove jovens, mas terminou com outra incógnita:
nove esquiadores morreram por uma “causa maior” ou por uma “força não identificada”, de acordo com o exército russo, que fechou o local durante três anos. A mesma passagem que agora leva o nome do líder da expedição, passagem Dyatlov, onde uma placa recorda os 9 falecidos.


Teoria sobre a Conspiração OVNI

Sempre que há uma história misteriosa surge a ideia de que foi produzida por organismos alienígenas.. ou seres  de outro mundo.

A ideia veio desta vez do depoimento de um grupo de excursionistas que se encontravam acampados há vários quilômetros ao sul, que afirmaram terem visto na noite das mortes, várias esferas de cor laranja sobrevoando a zona onde se encontravam os esquiadores.

Curiosamente, um dos defensores desta teoria era um militar, que não podia mostrar as provas por estarem classificadas mas afirmava que existiam. Este cavalheiro era Lev Ivanov que junto com Vasily Ivanovich Tempalov estudaram o caso e propuseram diversas teorias a partir do depoimento dos excursionistas e das fotografias feitas por eles, mas superiores os obrigaram a fechar o caso e seus arquivos foram classificados. Tempanov se recusou, enquanto Ivanov acatou as ordens e foi promovido no dia seguinte.

Foto original encontrada no acampamento
Com a queda da URSS, estes supostos arquivos OVNIs não apareceram com o resto de arquivos desclassificados. Ivanov fazia questão de dizer que precisamente os seus, se encontravam entre os ‘não desclassificáveis’

A teoria de Ivanov aponta a que durante a noite de primeiro de fevereiro, várias esferas de cor laranja, vistas pelos excursionistas que foram testemunhas e vários habitantes de cidades da zona e de procedência alienígena, sobrevoaram o acampamento dos nove esquiadores. O pânico se espalhou e fugiram. Talvez não lhes atacassem, mas naqueles anos o medo de luzes no céu estava muito enraizado. Estavam em plena guerra fria… Ou talvez sim lhes atacaram, lhes obrigando a fugir da barraca e a abandonà-la, se escondendo no bosque. As feridas que quatro dos esquiadores sofreram, segundo Ivanov, poderiam ser da colisão de uma nave e o impacto de algum fragmento.

Não encontraram restos de nenhuma nave, mas para Ivanov a resposta está na rápida atuação do exército, que poderia ter levado embora os restos. Os primeiros a encontrarem o acampamento foram os soldados soviéticos a bordo de um avião. Até que chegassem a equipe de resgate do Instituto Politécnico e os civis, havia passado ao menos um dia, porque já haviam se afastado da zona, e desde o início, pensavam em encontrá-los vivos.

A coloração da pele e cabelos, a radioatividade na roupa e a paralisia dos corpos, indicava a Ivanov que foram objetos de um ataque alienígena. Também parecia que ele levava em conta a ausência da língua de Dubidina, por ser similar as mutilações de gado. (Cattle mutilation)

É curioso que esta afirmação venha de um militar. Ele realmente acreditava ou tentava tapar algum assunto do exército?


Teoria do Yeti

Os Mansi dizem que a região é habitada por uma criatura chamada Menk. Seu rugido vez os esquiadores se apavorarem e por isso eles fugiram da barraca e correram em direção a floresta. O Menk o seguiu e eles foram todos mortos.

O que seria uma das teorias mais malucas, com a liberação de arquivos antes confidenciais acabou se tornando uma das mais interessantes como vamos ver.

Em janeiro de 2014 o explorador Mike Libecky, a jornalista russa Maria Klenokova e uma equipe de filmagem se embrenharam na Rússia atrás de respostar para o caso e o resultado foi o documentário Russian Yeti: The Killer Lives exibido no Discovery Channel (tem completinho e em português no Youtube). O que eles descobriram foi impressionante e surpreendeu a todos, pois tudo indica que foi um Yeti que matou os 9 estudantes.

A equipe foi visitar a Fundação Diatlov e lá conversaram com as duas primeiras pessoas que chegaram ao local e descobriram a barraca. Eles disseram que viram pegadas na neve com o dobro da humana e que elas não foram mencionadas nos relatórios oficiais.


Essas pegadas foram encontradas perto do acampamento dos alpinistas, fotos ocultado pelos militares Soviéticos, descobertas em 1990 após a queda do comunismo.

Depois eles partem para falar com os Mansis e encontram a última testemunha Mansi viva dos eventos! Ela contou que tinha 5 anos na época e que ela sabe o que matou os estudantes: O Menk! e uma criatura com 2 a 3 metros de altura, muito forte e que que costuma matar cervos e arrancar suas línguas (lembra que a Ludmila foi encontrada sem a língua?). O Menk seria apenas um dos nomes para criaturas grandes e peludas que vivem el florestas isoladas. Ele não gosta que assovie, portanto quando for para uma floresta russa não assovie!

O assunto é tão sério que em 1958 o governo russo lançou uma expedição com o objetivo de capturar um Yeti vivo!

Então Maria recebe um CD de uma fonte anônima com imagens do único sobrevivente, Yuri Yudin, falando sobre o caso e que encontrou uma peça de roupa militar.

Depois de meses eles conseguem ver o material sobre o caso que está no arquivo público da cidade de Ecaterimburgo. Neste arquivo encontraram a análise da barraca e fotos de pegadas muito estranhas. Mas o mais interessante foi a revelação de que em um pedaço de papel escrito pelos estudantes dizia “Agora sabemos que o Homem das Neves Existe“.

Eles então reexaminam foto por foto que obtiveram na Fundação Dyatlov e encontram uma muito estranha, uma que mostra um Yeti! Eles voltam a Fundação para ver se ela é real e encontram o negativo! E mais, foi tirada apenas um dia antes deles morrerem.

Essa foto foi tirada um dia antes do ataque.

Tem mais coisa interessante… Eles descobrem um vídeo um militar dizendo que na época estavam testando misseis de 2 estágios e escolheram aquela região justamente por não ter ninguém, nem o povo Mansi ia até lá.


Teoria da Conspiração Militar

A teoria que quase todo mundo tem em mente. Depois de analisar as outras teorias, muitas pistas apontam para ela. Armas químicas, teste de mísseis, protótipos de aviões sobrevoando a zona…

Não era desconhecido para ninguém que aquela foi uma zona de manobras militares. Grande parte da área era militar. Ecaterimburgo estava rodeada de mísseis anti-aéreos.

Naqueles anos, estavam experimentando um protótipo de míssil que falhava mais que espingarda de parque de diversões.

Eliminar testemunhas inoportunas não era um problema para eles. Acredita-se que os militares conheciam a rota que seguiriam os rapazes, mas acidentes acontecem. Perto de Sverdlovsk, existia um grande complexo de experimentação de armas químicas.

Entre os tipos de armas que poderiam estar experimentando, se fala de algo que explodiu, mesmo que não aparecessem restos, o que explicaria os danos físicos de 4 dos garotos. Algum tipo de spray paralisante, ressonâncias ultra-sônicas que produzem confusão momentânea, um forte reflexo que pudesse cegá-los, alguma arma química.

Qualquer coisa que justificasse sua fuga e porque não voltaram para a barraca.

Poderiam ser testemunhas incômodas, sendo preciso executá-las.

Aviões de teste sobrevoando a zona e talvez borrifando algum produto, é algo que não se pode descartar.

E o que opinava Yuri, o único sobrevivente? Ele sempre esteve convencido de que os militares tivessem algo a ver. Teve que reconhecer os corpos de seus amigos, que a julgar pelas fotografias dos cadáveres, não deve ter sido nada agradável e ainda explicar que roupa era de quem.


Um obmtki

Também identificou 2 materiais que não pertenciam ao grupo, uns óculos militares e um ‘obmtki’, uma peça de roupa que se usa para envolver os pés ou as pernas para manter o calor, enrolando-o como uma venda. Tem uma forma característica e é de um material determinado. Se utilizou amplamente entre os soldados nos anos 40 e depois entre os prisioneiros dos campos de concentração de Stálin .

E quem sabe, não seguiria sendo usado por algum soldado na época. Ninguém sabe como chegou lá e ninguém sabe como desapareceu da sala de provas.

Encontraram 3 câmeras dentro da barraca, todas com fotografias similares de distintas perspectivas, mas ele insistiu que eram 4 câmeras, as levadas pelos seus companheiros. Também faltava um dos diários.

Yuri Yudin também menciona que em algum momento da investigação, ele viu uns documentos que indicavam que os militares começaram as indagações 10 dias antes de que começassem a busca oficial pelas pessoas do instituto politécnico. Mas esses documentos também desapareceram. Também viu como tiravam da sala de necrópsia, recipientes com os órgãos de seus amigos para enviarem a laboratório, que nunca chegaram. E se chegaram, não há informe deles. Apesar de que os informes forenses preliminares são muito detalhados e profissionais.

O barranco onde apareceram os últimos 4 esquiadores, era uma fossa cavada por eles mesmos aproveitando o desnível do terreno, em teoria para se protegerem do frio, mas nesse lugar apareceram os mais feridos. Talvez fosse um primeiro refúgio após apagarem o fogo, e tentarem se esconder  de alguma coisa.

Tinha algo na floresta e eles fizeram pequenos rasgos na cabana para observar alguma coisa que estava no acampamento, talvez Um míssil caiu ali perto pois segundo se conta, havia um treinamento militar e usavam a região para testes, e após a queda, assustou tanto eles quando o Yeti que se sentiu vulnerável. A última foto tirada pelos esquiadores mostra justamente um clarão no céu. Eles correm para a floresta somente com as roupas interiores e tentam acender uma fogueira. Dois morrem ali. Três tentam voltar para a barraca, mas morrem. Os outros quatro se protegem em uma parece de gelo, mas o Yeti furioso ataca matando todos.


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