domingo, 22 de janeiro de 2012

NASA tenta boicotar curta-metragem filmado na ISS

Diretor investiu 30 milhões de dólares 
em projeto de 8 minutos

Por Guilherme Abati

O documentário dirigido por Richard Garriott, “Man on a Mission”, que mostra a viagem do diretor à Estação Espacial Internacional (mundialmente conhecida como ISS), foi exibido nos Estados Unidos com relativo sucesso ano passado. Porém, entretanto e entrementes, o novo filme do americano pode não repetir o feito do anterior, já que a NASA, segundo o The Examiner, pretende censurar o novo trabalho de Garriott.

Garriott, na ocasião de sua visita à Estação Espacial Internacional (io9)

Seu novo filme, chamado “Apogee of Fear”, custou 30 milhões de dólares, dinheiro que saiu do bolso do próprio diretor, e é o primeiro filme de ficção científica, mesmo com apenas 8 minutos, a ser, de fato, filmada no espaço e conta a história de um organismo alienígena que se esconda na ISS.

O filme, um curta, na verdade, sofre repúdio da agência americana, que não quer de jeito nenhum vê-lo sendo exibido nas telonas. A explicação é meio capenga. A NASA diz que o filme foi filmado dentro de suas instalações espaciais, que mostra detalhes técnicos de seus projetos e que explora a imagem de seus funcionários, e que, por isso, não deve ir a público, segundo o iO9

Garriott, que acreditava ter um bom relacionamento com os dirigentes da agência, ficou desapontado com a postura da NASA – e ainda mais com a possibilidade de ver 30 milhões de dólares indo pro espaço.

A alegação da NASA encontra resistência no meio jurídico norte-americano, já que, por lei, todo trabalho produzido por órgãos governamentais, se não for confidencial, deve ser liberado sem direitos autorais, em domínio público. A questão é que o trabalho não foi produzido pela NASA, portanto as partes precisam provar se houve (ou não) autorização prévia para as gravações. Garriott, sendo um cineasta, acredita que, como foi dada permissão para que visitasse a estação, essa permissão tenha sido clara. A NASA vê isso de forma diferente. Resta saber como o Meritíssimo Juiz vê a coisa



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