domingo, 1 de setembro de 2013

Drones para uso arqueológico sobrevoam céu peruano


Lima - Veículos aéreos não tripulados, popularmente conhecidos como drones, vasculham os céus do Peru com fins civis de pesquisa em arqueologia e agricultura, e não apenas em operações de inteligência militar em vales dominados pelo cultivo de coca.

À simples vista, os drones parecem pequenos aviões de aeromodelismo. Todos são controlados remotamente, mas alguns mais sofisticados conseguem voar com plena autonomia, graças a programas de computador.

"As aeronaves são de pequeno porte, são dotadas de câmeras de vídeo ou de foto de alta resolução e passam praticamente despercebidas no céu", contou à AFP Andrés Flores, engenheiro eletrônico e encarregado do Grupo de Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP).

Flores lidera uma equipe multidisciplinar de cientistas que, sob o guarda-chuva da PUCP, se tornou uma usina de projetos e promove o desenvolvimento para uso civil dos drones.

"Até o momento conseguimos aplicar seu uso para fins agrícolas em terras de cultivo, onde coletam informação sobre a saúde das plantas e, em arqueologia, para conhecer melhor as características de cada local e as extensões que ocupam", explicou Flores.

Segundo o cientista, "estes são dois campos onde se requer grande precisão e de todos os dados possíveis para otimizar os trabalhos".

"Perceber a trama da cidade" - O arqueólogo Luis Jaime Castillo, que chefia uma pesquisa sobre ruínas da cultura moche (pré-incaica, 700 d.C) em San Ildefonso e San José de Moro, na costa norte peruana, usa quatro drones em seu trabalho.

"Podemos transformar as imagens (que nos fornecem) em dados através da topografia e da fotogrametria para construir modelos tridimensionais", destacou em conversa com a AFP.

"Através das fotos que são tiradas é possível perceber paredes, pátios, a trama da cidade" e os elementos existentes no local, acrescentou o arqueólogo.

Entre os usos potenciais dos aviões sem piloto, além do levantamento de reservas arqueológicas e naturais, estão a inspeção de desastres naturais, de tráfego urbano e segurança nas cidades.



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