sábado, 14 de janeiro de 2017

Pode Haver VIDA em VÊNUS, acreditam Cientistas

Uma impressão artística do VAMP UAV voando através das nuvens de Vênus. - Crédito: Northrop Grumman

O planeta Vênus possui nuvens assombrosas girando ao redor em sua atmosfera, e os cientistas acham que isto possa ser um feito da vida extraterrestre. Certas listras escuras incrustadas nessas nuvens têm intrigado os cientistas desde 1960, causando com que eles propusessem uma nova sondagem do segundo planeta a partir do Sol, para encontrar vida alienígena até 2025.

Uma equipe de cientistas estadunidenses e russos irão submeter planos para uma nova missão, conhecida como Venera-D, que enviará um veículo aéreo não tripulado para o coração desta misteriosa ocorrência. Se os planos forem aceitos, Venera-D será uma ação em conjunto entre a Roscosmos (agência espacial russa) e a NASA.

A meta principal é a de determinar se aquelas listras escuras poderiam ser evidências de vida microbiana. Por décadas os cientistas têm sonhado a respeito de todos os tipos de hipóteses sobre as listras: Alguns acham que poderiam ser partículas, como ferro e enxofre, que se misturaram com as nuvens. Outros acham que poderiam ser gelo, embora com um planeta com quase 480 ºC em sua superfície, isto é muito improvável.

Sanjay Limaye, cientista atmosférico da Universidade de Wisconsin, nos EUA, e membro da equipe de definição de ciência do Venera-D, disse à revista Astrobiology:

Não posso dizer se há vida microbiana nas nuvens de Vênus. Mas isso também não significa que ela não esteja lá. A única forma de aprender é a de ir lá e tirar amostras da atmosfera.

Como Limaye apontou, os cientistas têm pistas muito diferentes do que causa as listras. Mas eles sabem que elas absorvem a luz ultravioleta, diferentemente do resto da atmosfera. Eles também sabem que se a listras realmente consistirem de vida microbiana, elas poderiam ter uma camada protetora de polímeros em forma de anéis, a qual as protegeriam das grandes quantidades de ácido sulfúrico. Outro fator a ser considerado é a super rotação do planeta, um fenômeno que ocorre quando a atmosfera roda em velocidade mais rápida do que a superfície.

No passado houve complicações com a exploração de Vênus. A alta pressão de sua superfície e até mesmo suas altas temperaturas tornam a exploração de sua paisagem muito desafiadora para nossa tecnologia. A sonda Mariner 5 foi a primeira a pousar lá com sucesso, mas ela somente sobreviveu 93 minutos. Para que a Venera-D tenha sucesso, ela terá que ser completamente diferente de tudo que os cientistas já criaram.

O projeto proposto requer um veículo alimentado por energia solar, o qual seria capaz de propelir através das nuvens e coletar dados à noite. Durante o dia, ele teria uma reserva de hélio que o permitira pairar no ar sem utilizar energia. Ele também teria grandes asas que o ajudariam a navegar nas condições tempestuosas. Estes mecanismo permitiriam com que a nave mudasse para diferentes altitudes na atmosfera.

Curiosamente, com este projeto a equipe acha que o veículo será capaz de sobreviver por um ano ou mais, oferecendo informações suficientes aos cientistas para potencialmente confirmar (oficialmente) se temos vida em nosso sistema solar.

Mas infelizmente não teremos uma resposta das agências espaciais até o final deste ano.

E para aqueles que querem mais uma indicação de que há vida em Vênus, recomendo este artigo: Rússia libera imagens de 30 anos do planeta Vênus


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