domingo, 6 de março de 2011

Sequestradores de alma - Você pode ser uma vítima


- Você sabe o que é ser prisioneiro psicológico da trama secreta e obscura de outro alguém?

- Já teve ou está numa relação onde se sente preso e sem liberdade para ser você desde os aspectos mais simples até nos mais profundos do seu ser? Sempre abre mão dos seus desejos e escolhas em nome de acertar a sua relação com o outro, sentindo-se sempre devedor de algo não palpável?
- Percebe ser freqüentemente julgado e criticado sem se quer ter errado?
- Costuma ter dificuldade para discernir se seus sentimentos sobre sua liberdade são verossímeis ou não...
- Sente dúvida sobre si mesmo a ponto de se sentir culpado?
- Sente-se obrigado a fazer coisas em conjunto que pelo seu estilo de personalidade não gostaria de fazer nem junto e nem separado...?
- Fica preso como se andando em círculos se repetindo neste tipo de situação desagradável para você?

Se as respostas forem positivas é bem provável que você esteja sendo mais uma vitima desse tipo de seqüestro emocional.

Quais tipos de pessoas costumam ser vítimas desse tipo de seqüestrador?

- Em geral, são pessoas com carências afetivas importantes, pessoas de boa índole com certa dose de ingenuidade em relação ao outro e benevolência acima do limite. Pessoas sem malícias maiores. Pessoas que acreditam que a doença emocional sempre vai morar ao lado e nunca na própria casa onde se vive.

Como agem estes seqüestradores de almas?

- O primeiro passo é o da sedução sem limites. O seqüestrador se transforma naquilo em que a vítima mais necessita no momento e nunca as promessas são falsas, sempre as cumpre. As ofertas vêm desde suprimento de carência afetiva, a oferta de trabalho, dinheiro, roupas, viagens, etc.

O problema começa quando o preço oculto neste pacote de suposta bondade, doação e boa vontade começam a ser cobrados num padrão de sofisticação intelectual em que a vítima dificilmente consegue discernir como sendo algum tipo de cobrança, mas sente-se culpada e na obrigação de servir aos desejos e reclamações do parceiro. Este por sua vez, num mecanismo perverso, visa aprisionar o outro num sistema sutilmente violento onde a principal arma é a inserção do sentimento de culpa, a desqualificação e a negação de tudo que signifique a identidade do parceiro.

Como resultado, uma importante quebra da auto-estima e confiança se estabelece somando-se ao entendimento de que só se sobrevive psiquicamente através da dependência emocional e dos ditames do suposto seqüestrador.

Como escapar deste tipo de enredamento psicológico e de alma?

- Em primeiro lugar, é preciso se ter plena consciência de que algo está errado. Que as sensações diárias não estão nada boas e que algo deve ser feito, mesmo que não se tenha clareza sobre a totalidade da situação.
- Em segundo, saber que podemos fazer escolhas na vida, por mais difíceis que elas possam parecer.
- Em terceiro, se estiver muito confuso e com dificuldades para discernir o certo do errado, o justo do injusto e sentir um constante desconforto, não deixe de buscar auxílio de amigos, se tiver, de uma convicção religiosa e sempre busque apoio num processo terapêutico.

Os danos causados pro este tipo de vivência se forem por período demasiado longo, podem ser devastadores na vida de uma pessoa.

Lembre-se, sua vida é única e que estamos aqui para sermos felizes de verdade. Não se acostume com o que não lhe faz bem, tudo pode mudar para melhor. Ouse e conquiste.


Sílvia Malamud é Psicóloga Clínica, Terapia Breve e de Casais (Sedes), Terapeuta em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting – David Grand PhD/EUA.

Tel. (11) 9938.3142 - deixar recado.
Autora do Livro: Projeto Secreto Universos


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