A imagem mais detalhada já obtida da Nebulosa de Carina foi divulgada nesta quarta-feira. Clique para ampliar! |
O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) conseguiu captar a imagem no infravermelho mais detalhada conseguida até agora da Nebulosa Carina, um berçário de estrelas. A imagem, divulgada nesta quarta-feira, foi conseguida por meio do Very Large Telescope (VLT).
Muitas estruturas que estavam escondidas e espalhadas pela paisagem celeste de gás, poeira e estrelas jovens, são agora visíveis. Esta é uma das imagens mais extraordinárias obtidas pelo VLT, de acordo com o observatório.
A Nebulosa Carina situa-se a cerca de 7,5 mil anos-luz de distância da Terra na constelação Carina. Esta nuvem de gás e poeira brilhante é uma das incubadoras de estrelas de grande massa mais próximas da Terra, incluindo várias das estrelas mais brilhantes e de maior massa que se conhecem. Uma delas, a misteriosa e altamente instável Eta Carinae, foi a segunda estrela mais brilhante no céu durante vários anos, por volta de 1840, e irá provavelmente explodir como uma supernova num futuro próximo, em termos astronômicos.
Esta nebulosa é considerada pelos astrônomos um laboratório perfeito para se estudar os nascimentos violentos e as vidas iniciais das estrelas. Embora a Carina seja espetacular em imagens no visível, muitos dos seus segredos se encontram escondidos atrás de espessas nuvens de poeira. Assim, para conseguir penetrar este véu, uma equipe de astrônomos europeus utilizou o VLT e a sua câmara infravermelha HAWK-I para conhecer mais esta nebulosa.
Centenas de imagens individuais foram combinadas para criar esta imagem, que é o mosaico infravermelho mais detalhado já obtido para Carina, e também uma das melhores imagens jamais criadas pelo VLT. O registro mostra não apenas as estrelas brilhantes de grande massa, mas também centenas de milhares de estrelas muito mais tênues, as quais não se conseguiam observar anteriormente.
A ofuscante estrela Eta Carinae aparece na parte inferior esquerda da nova imagem. Encontra-se rodeada por nuvens de gás que brilham devido à intensa radiação ultravioleta. Por toda a imagem aparecem também muitos nós compactos escuros, que permanecem opacos mesmo no infravermelho. São casulos de poeira onde novas estrelas se encontram em formação.
Durante os últimos milhões de anos, esta região do céu formou um grande número de estrelas, tanto individuais como em aglomerados. O brilhante aglomerado de estrelas próximo do centro da imagem chama-se Trumpler 14. Embora este objeto possa ser observado perfeitamente sem infravermelho, nesta imagem é possível observar estrelas muito mais tênues.
Do lado esquerdo da imagem, pode-se ver uma pequena concentração de estrelas amareladas. Este grupo foi visto pela primeira vez nestes novos dados do VLT e não podem ser observadas na luz visível. Segundo o ESO, este é apenas um dos muitos objetos novos revelados pela primeira vez por meio deste panorama.
Fonte: noticias.terra.com.br
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