terça-feira, 20 de março de 2012

Sistema de irrigação inteligente economiza água e produz mais

O sistema já foi testado em várias culturas, e agora será submetido a múltiplos climas.
[Imagem: WaterBee project]
Economia de água na irrigação

O uso da irrigação está presente desde os primeiros registros históricos da humanidade.

Mas o problema crescente da escassez de água tem mostrado que é necessário economizar até mesmo quando o assunto é aumentar a produtividade na produção de alimentos.

Para isso, uma equipe de pesquisadores europeus desenvolveu uma tecnologia que eles chamam de sistema de irrigação inteligente.

O melhor de tudo é que, além de economizar água e reduzir o custo para os agricultores, o novo sistema resultou em um aumento na produção das lavouras.

"Nós desenvolvemos um sistema de irrigação inteligente que economiza 40% de água na irrigação. E nós esperamos que ele tenha um grande impacto porque 60% de toda a água doce no mundo é usada para irrigação," afirma o Dr. John O'Flaherty, coordenador do projeto Waterbee.

Rede de sensores na lavoura

Enquanto um sistema similar, desenvolvido nos Estados Unidos, usa a espessura da folha como indicador da hora de iniciar e interromper a irrigação, a equipe doWaterBee optou pela técnica mais simples, usando sensores de umidade colocados no solo.

A rede de sensores sem fios indica o nível de umidade do solo com precisão em cada área da lavoura.

Um programa de computador recebe as leituras dos sensores e avalia os melhores horários e a intensidade da água a ser lançada, de forma a maximizar os efeitos da irrigação, sobretudo o tempo de retenção de umidade pelo solo.

Segundo o Dr. O'Flaherty, calculando o uso do sistema apenas na Europa, o mercado potencial para a inovação atinge meio bilhão de euros.

Testes

O sistema está em fase de testes em fazendas de culturas variadas na Espanha.

Com os bons resultados iniciais, a equipe agora está irá iniciar uma segunda fase de avaliações, cujo principal objetivo é testar o sistema em diferentes climas e novas culturas.

Já foram selecionadas fazendas para testes na Estônia, Itália, Malta, Suécia e Reino Unido.



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