quinta-feira, 21 de março de 2013

O campo magnético da Terra está próximo da inversão, dizem cientistas



Ao utilizar uma bússola fica fácil determinar corretamente os polos magnéticos da Terra, como o Norte e Sul.

Porém, se pudéssemos retornar ao tempo cerca de 780 mil anos atrás, descobriríamos que o polo norte de hoje indicaria a direção sul. Essa inversão nos polos magnéticos durante as eras, não é novidades para os pesquisadores, mas a pesquisa realizada por Peter Olson e Deguen Renaud, da Universidade Johns Hopkins (EUA), revelou que a inversão de polos se deve ao crescimento do núcleo da Terra e está se acelerando.

No período jurássico, por exemplo, os registros fósseis indicam que havia uma reversão dos polos a cada 1 milhão de anos. E atualmente essa reversão ocorre a cada 200.000 a 300.000 anos. No entanto, já se passaram 780.000 anos desde que ocorreu a ultima inversão, e não se sabe as causas desse atraso.

  Peter Olson e Deguen Renaud usaram em sua pesquisa um modelo numérico que revelou que o núcleo magnético da Terra está em crescimento desequilibrado, do contrário do que se pensava o núcleo, não é esférico; a parte leste é maior do que a parte oeste.

  O núcleo é a camada mais interna da Terra, dividida em uma parte sólida (núcleo interno) e a líquida (núcleo externo). A camada líquida composta por ferro metálico e outros elementos como enxofre, silício, oxigênio, potássio e hidrogênio, é a responsável por formar o campo magnético da Terra.

  Atualmente a posição do eixo do campo magnético se encontra cerca de 300 milhas a leste, diferente de 200 anos atrás, em que o eixo magnético estava localizado solidamente no hemisfério ocidental por pelo menos 10.000 anos. Na pesquisa também foi identificado que o núcleo interno do hemisfério oriental começou a crescer cerca de dois séculos atrás.


A mudança rápida entre o movimento do eixo da Terra entre o oeste e leste, na pesquisa de Olson e Deguen é suficiente para sugerir que uma inversão magnética já está em andamento, ou pelo menos tudo indica para isso.

Caso a reversão dos polos ocorresse agora, teríamos que enfrentar a perda da proteção magnética contra radiação solar, problemas de comunicação (perda de sinal), queda de satélites, além de problemas nas redes de energia.

Seria um caos também para os animais que ficariam desorientados como pássaros, abelhas, peixes que utilizam o campo de navegação, bem como tartarugas marinhas.




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