O atual presidente da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações, João Rezende, diz que a era da internet ilimitada está chegando ao fim.
“Não podemos trabalhar com a noção de que o usuário terá um serviço ilimitado sem custo”, diz Rezende. “Em nem todos os modelos cabe ilimitação total do serviço, pois não vai haver rede suficiente para tudo.” Completa.
Ainda de acordo com a Anatel, uma das principais obrigações que as empresas prestadoras de serviços de telecomunicações terão de atender, será a criação de ferramentas que possibilitem ao usuário acompanhar seu consumo para que o mesmo saiba, antecipadamente, se sua franquia está próxima do fim. Se a opção for criar um portal, o cliente poderá saber seu perfil e histórico de consumo, para saber que tipo de pacote é mais adequado.
As empresas também terão que notificar seus usuários quando estiver próximo do esgotamento de sua franquia contratada e informar assim todos os pacotes disponíveis, com previsão de velocidade de conexão e franquia de dados.
“Acreditamos que as empresas falharam e estão falhando na comunicação com o usuário”, afirmou Rezende. “Também acho absurdo suspender o serviço sem avisar usuário”, acrescentou.
Rezende ainda disse que as empresas que resolverem prestar os serviços ou continuar a prestar os serviços com pacotes de internet ilimitada, elas poderão fazê-lo. De acordo com ele, esse erro também já foi cometido pelas empresas quando ofereciam pacotes ilimitados de voz.
“Quem quiser oferecer pacote ilimitado vai ver até onde vai suportar esse modelo de negócios”, diz Rezende. “Acho que as empresas tiveram um erro estratégico no passado de não perceber que qualquer mudança, como serviço ilimitado de dados, levaria a um momento em que seria preciso corrigir a tal rota, sob risco de queda de investimentos.”
Já para o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Max Martinhão, a medida chega para dar equilíbrio e segurança aos usuários de internet. “As coisas estavam acontecendo de forma muito desordenada, a medida traz tranquilidade nesse momento.”
Agora para o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), que representa as principais empresas do setor, informou que não irá se pronunciar sobre a cautelar, porque cada empresa tem um posicionamento sobre a questão.
não piorem o que já é ruim.
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